Grupo Mãos Solidárias recebe R$ 30 mil através de convênio

data 21 de fevereiro de 2024
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Crédito: Marcelo Luis

Após assinatura do Termo de Convênio no Tribunal de Justiça do Estado, a Organização da Sociedade Civil (OSC) utilizará os recursos para montagem de uma sala de atendimento direcionada a crianças que necessitam de fonoaudióloga e psicóloga, além de uma oficina de artesanato.

Estar entre as 57 entidades catarinenses contempladas com o Termo de Convênio no Tribunal de Justiça e receber o valor de R$ 30.549,09 para dar sequência aos projetos foi, sem dúvidas, a melhor forma do Grupo Mãos Solidárias iniciar o ano de 2024. Atuando desde 2017 em questões pontuais envolvendo saúde, além de projetos comunitários, a Organização da Sociedade Civil (OSC) se prepara para oferecer um atendimento mais próximo e humano para quem necessita de ajuda. 
Participando de grande parte das atividades do grupo, Andrea Karime Karrer, atual diretora de marketing conta que lá no início, um grupo de mães se reuniu para ajudar um menino que sofria de Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença rara e degenerativa que interfere na capacidade de realizar gestos voluntários vitais, como respirar, engolir e se mover. A iniciativa deu tão certo que optaram por seguir praticando o bem com foco na área da saúde, ajudando crianças e adolescentes que necessitam de exames, consultas especializadas e até mesmo medicamentos que muitas vezes não são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“É um trabalho complicado, pois até então dependíamos exclusivamente da comunidade e dos eventos que promovemos periodicamente para angariar recursos”, salienta.  Hoje, em torno de dez pessoas se dedicam diretamente ao trabalho, que é 100% voluntário, e em torno de 40 atuam de forma indireta, porém constante, seja através de ajuda nos eventos e contribuições em dinheiro, alimentos e roupas. Doações que são centralizadas na sede, um galpão alugado no bairro Jaraguá Esquerdo.
Grasiela Cristofolini, uma das fundadoras da OSC e atual vice presidente, é outra voluntária que há anos se dedica à causa. Ela conta que a entidade contribui com situações pontuais sempre que procurada e promove todos os anos um pedágio solidário, a venda de rifas, a tradicional pastelada e o bazar de roupas e acessórios usados – que neste ano irá funcionar todas as quartas-feiras, na própria sede – para angariar recursos. “Também são feitas parcerias com as polícias civil e militar, com a Procuradoria da Mulher e com o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), para ficar em alguns exemplos”, enumera.
Essa última envolve o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) da autarquia, para onde as pessoas levam móveis, colchões e eletrodomésticos que não utilizam mais. Através do APP Família, desenvolvida exclusivamente para o Grupo Mãos Solidárias, é possível verificar quem está precisando de cada item e encaminhar para a retirada do material. Afinal, o que não serve para um, pode ser útil para outra pessoa. E assim, através de uma rede de solidariedade e de muito empenho das voluntárias, as coisas vão acontecendo e tomando forma.
Recentemente, elas participaram do Projeto Acelera, cujo objetivo era capacitar pessoas para escrever projetos e pleitear recursos de fundos municipais e estaduais. Hoje uma equipe se dedica exclusivamente a isso, já que os planos do Mãos Solidárias são ousados. Para aplicar os mais de R$ 30 mil conquistados através do recente convênio aprovado, uma sala está sendo reformada e duas profissionais serão contratadas para oferecer ali os serviços de fonoaudiologia e psicologia. A ideia é dar início às sessões ainda no final deste mês. Inclusive estão buscando patrocínio para finalizar o espaço o quanto antes para atender as demandas necessárias. Caso alguém tenha interesse em ajudar o grupo, estão precisando de um ar- condicionado de 12000 Btu’s quente e frio, conjunto de cadeiras para consultório, além de mesa e balcão de escritório. A pessoa ou empresa pode entrar em contato pelo número (47) 99747-8290 para ajudar.

Em breve o local também passará a oferecer oficinais de artesanato gratuitas para crianças e adolescentes,  pois além do dinheiro, três máquinas de costura foram doadas para o projeto. Futuramente, iremos atender as mães dos pacientes e mulheres que queiram aprender a costurar para ter uma renda extra.  “Notamos que não são só as crianças que precisam de uma atenção, mas toda a família. Assim, além de doarmos cestas básicas, queremos ofertar a oportunidade de uma renda extra”, diz Andrea.
Já para o ano que vem, deve sair do papel o projeto da sede própria. O Grupo está pleiteando junto a prefeitura a doação do terreno e no momento o projeto está em fase de aprovação documental. O montante para a construção em si, Grasiela adianta que pretendem conquistar através de emendas parlamentares, por isso a importância de se dedicar à criação de bons projetos e manter essa aproximação com os demais atores da sociedade.


Projetos paralelos
Além dos atendimentos e encaminhamentos na área da saúde e da doação de cestas básicas para famílias em vulnerabilidade social, o Grupo Mãos Solidárias investe no talento de suas voluntárias para o artesanato para levar um pouco de alegria para crianças que vivem a realidade de passar um tempo nos hospitais, algumas vezes enfrentando graves doenças.
As talentosas voluntárias são responsáveis pela confecção dos bonecos dos projetos “Carequinhas” e “Bonecos Cardíacos”, que, como heróis, ajudam a levar um pouco de alegria e descontração para crianças internadas na ala oncológica e cardíaca dos hospitais. Também confeccionam peças e montam com a ajuda de doações o kit maternidade para mães de famílias carentes.
Promovem campanhas em datas específicas, como o Natal Solidário, que atende crianças de vários bairros de baixa renda em torno da cidade, e a recente campanha de arrecadação de material escolar, que ainda está em andamento, mas em 2023 reuniu 145 kits completos para as crianças voltarem às aulas.

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