O exame de necropsia de uma tartaruga-verde encontrada no início do ano em São Francisco do Sul revelou que o animal morreu devido a uma grave infecção bacteriana. Segundo os pesquisadores, havia uma cicatriz linear de 1,5 m no intestino da tartaruga, com pontos de ruptura e obstrução.
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A tartaruga-verde foi a mais velha já resgatada pelo PMP-BS/Univille no Litoral Norte catarinense. A fêmea tinha 92 centímetros de comprimento e pesava cerca de 70 quilos. Ela foi encontrada ainda viva por funcionários de uma empresa na Praia da Enseada.
No entanto, quando chegou à unidade do projeto, o médico-veterinário observou que o animal estava muito debilitado. Devido à gravidade do quadro de saúde, optou-se pelo protocolo de eutanásia humanizada.
Conforme o exame, divulgado nesta segunda-feira (27), toda a extensão da lesão intestinal foi causada pela ingestão de um fragmento de anzol e fio de náilon. Estima-se que a tartaruga tinha 24 anos de idade.
O comprimento do intestino de uma tartaruga pode variar dependendo da espécie e do tamanho do animal. No caso das tartarugas-verdes, pode medir entre 5 a 7 metros.
Projetos monitoram a presença da tartaruga-verde em SC
No Litoral Norte catarinense, a tartaruga-verde (Chelonia mydas) é a espécie mais abundante, sendo a única tartaruga marinha que ocorre no interior da Baía Babitonga. O estuário é considerado um relevante sítio de recrutamento para a espécie.
Desde 2019, as verdinhas da Babitonga, como são carinhosamente apelidadas, são monitoradas pelo projeto Tabmar (Tartarugas da Babitonga) e do PMP-BS/Univille.