Você sabe o que são as “Águas de março” da música de Elis e Tom?

data 16 de março de 2024

Álbum que teve gravação conturbada possui uma das maiores músicas da história do Brasi

Inspirado pela meteorologia, Tom Jobim escreveu uma das músicas mais icônicas da história do país

Álbum que teve gravação conturbada possui uma das maiores músicas da história do Brasil (Foto: Reprodução)

“Águas de Março” é uma das mais famosas e icônicas músicas brasileiras, com letras profundas e melodias marcantes, a canção já foi traduzida para o inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, japonês, entre outros. Mas afinal, você sabe o que significam as tais “águas de março”?

A canção foi composta por Antônio Carlos Jobim, mais conhecido como Tom Jobim, um dos ícones da Bossa Nova, e interpretada por ele mesmo em dueto com Elis Regina, também considerada uma das maiores cantoras da música popular brasileira.

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Além de seu impacto na música popular brasileira, a canção inspirou artistas de diversas áreas, sendo referenciada em filmes, livros e outras manifestações artísticas, consolidando-se como um marco cultural do Brasil. (Foto: Reprodução)

“Águas de Março” é uma das músicas mais icônicas da MPB, composta por Tom Jobim em 1972, inspirada nas chuvas de março no interior do Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução)

A canção foi gravada por diversos artistas renomados, como Elis Regina e Tom Jobim, e também teve versões internacionais. (Foto: Divulgação)

A letra da música apresenta uma profunda reflexão sobre a transitoriedade da vida, utilizando a metáfora das águas de março como símbolo das mudanças e desafios que enfrentamos ao longo do tempo. (Foto: Reprodução)

“Águas de Março” foi reconhecida mundialmente, tornando-se um clássico da música brasileira e sendo inclusa em listas de melhores canções de todos os tempos, como na lista da revista Rolling Stone, por exemplo. (Foto: Reprodução)

Além de seu impacto na música popular brasileira, a canção inspirou artistas de diversas áreas, sendo referenciada em filmes, livros e outras manifestações artísticas, consolidando-se como um marco cultural do Brasil. (Foto: Reprodução)

“Águas de Março” é uma das músicas mais icônicas da MPB, composta por Tom Jobim em 1972, inspirada nas chuvas de março no interior do Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução)VoltarAvançar123456

Afinal, o que são as “Águas de março”?

A canção descreve poeticamente a transição do verão para o outono, representada pelas tais “chuvas de março”, abordando temas como a passagem do tempo, a efemeridade da vida e as diferentes experiências humanas.

A letra é rica em metáforas e imagens que despertam sensações e emoções diversas. A música é considerada uma das mais importantes da música popular brasileira e um dos maiores sucessos da parceria entre Tom Jobim e Elis Regina.

Como foi a criação da canção

A inspiração para “Águas de Março” veio de Jobim durante uma viagem para o interior do Brasil, onde ele testemunhou o início da estação chuvosa, conhecida como “março das águas”, que ocorre no final do verão e início do outono. Observando a beleza e a transitoriedade das chuvas de março, Jobim decidiu transformar essa experiência em música.

A letra da música, repleta de metáforas e imagens poéticas, descreve uma série de itens e acontecimentos que representam o ciclo da vida e a passagem do tempo. Desde pequenos detalhes da natureza, como folhas secas e gravetos, até objetos cotidianos, como um anel ou uma cobra, Jobim tece uma narrativa que evoca reflexões sobre a efemeridade da existência humana.

A parceria de Jobim com Elis Regina resultou em uma das versões mais conhecidas e aclamadas de “Águas de Março”. O dueto deu nova vida à música e a solidificou como um dos maiores sucessos da música popular brasileira.

Confira a letra completa da música “Águas de Março”

É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento vetando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terça
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, edra
Im, inho
Esto, oco
Uco, inho
Aco, idro
Ida, ol
Oite, orte
Aço, zol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

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