19 de fevereiro de 2024 
Noticias relacionadas
Os implantes hormonais ganharam fama devido ao “chip da beleza”. Esse implante específico de um hormônio chamado gestrinona, indicado para tratar sintomas de endometriose, adenomiose e até síndrome dos ovários policísticos (que incluem fluxo menstrual e cólicas intensas, dor pélvica e irregularidades menstruais), tornou-se queridinho por trazer efeitos estéticos benéficos, além da melhora dos sintomas listados.
Os implantes, também conhecidos como pellets, que não são “chips” são pequenos cilindros implantados sob a pele geralmente do bumbum e têm duração aproximada de seis meses, com liberação gradual da substância contida nele, ou seja, vão sendo absorvidos pelo corpo ao longo do tempo. Apesar de estarem na mídia há pouco tempo, já são utilizados na medicina há mais de 40 anos.
Existem diversos, podendo ser a base de hormônios ou não hormonais. Suas indicações são variadas tanto para homens quanto para mulheres e geralmente são utilizados para tratar sintomas relacionados aos desequilíbrios hormonais: “calorões”, alterações do sono ou humor, ressecamento vaginal, diminuição da libido, alterações no padrão da ereção em homens, cansaço e perda de massa muscular ou óssea. Pode ser uma boa opção na terapia de testosterona em homens e na terapia de reposição hormonal em mulheres na menopausa ou perimenopausa. E no caso dos não hormonais, emagrecimento e fadiga excessiva, são as indicações.
A vantagem deles é justamente a duração e a comodidade no tratamento, sem a necessidade de ficar tomando cápsulas, aplicando injeções ou passando géis na pele diariamente.
Porém, eles podem sim ter efeitos colaterais como queda de cabelo e acne, possíveis de serem evitados ou tratados. Ainda, como qualquer outro procedimento, corre o risco de evoluir para alguma inflamação ou infecção no local da inserção. Por isso, o acompanhamento médico é importante tanto para a boa indicação, quanto para o preparo do corpo para receber os implantes e seguimento pós-colocação. Cada pessoa é única e o tratamento, seja hormonal ou não, deve ser personalizado de acordo com as necessidades individuais.
Os pellets são uma boa opção para trazer mais qualidade de vida para os pacientes, mas o médico tem que saber se adequar ou não a eles ao invés de indicar simplesmente como sendo o “chip da beleza”. Desconfie tanto do profissional que exalta esse método como o melhor, quanto do que demoniza o método. O importante é sempre a saúde e o bem-estar do paciente.
