VÍDEO: Mulheres brigam em UPA por demora no atendimento

Duas mulheres entraram em confronto físico dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia, no Distrito Federal, na última segunda-feira (21). A briga, que aconteceu no chão da UPA, foi contida apenas após a intervenção de um vigilante e a chegada da Polícia Militar. De acordo com informações o caso aconteceu supostamente pela demora no atendimento.

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Minutos antes da briga, pacientes indignadas pela espera também se irritaram e discutiram com os profissionais de segurança. Segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), as pacientes envolvidas estavam em situação de rua — e a confusão se agravou quando outras pessoas em vulnerabilidade social se juntaram ao conflito, resultando em depredação do patrimônio público.

Nos últimos dias, outros episódios de tensão marcaram a rotina da unidade. No domingo de Páscoa, um vigilante quase foi atingido por uma pedra arremessada por um paciente revoltado. No sábado anterior, um grupo tentou invadir a UPA para buscar atendimento urgente, sendo contido pelos seguranças. A repetição desses episódios levanta um alerta para o que parece ser um padrão emergente de caos.

O Iges-DF aponta que o fechamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) durante o feriado prolongado sobrecarregou as UPAs, que acabaram sendo o único recurso para atendimentos de menor complexidade. Essa migração forçada de pacientes fez com que os tempos de espera aumentassem drasticamente, alimentando a insatisfação e a tensão.

Além da sobrecarga, o número reduzido de vigilantes nas UPAs também agrava a situação. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do DF, o contrato prevê cinco profissionais por plantão, mas muitas unidades operam com apenas quatro. O déficit na segurança tem dificultado a contenção de conflitos e colocado em risco pacientes, funcionários e o próprio funcionamento das unidades.

Em resposta, o Iges-DF anunciou reforço na segurança da UPA de Samambaia, com a ampliação de postos de vigilância e a contratação de um novo sistema de monitoramento eletrônico. O projeto inclui câmeras com inteligência analítica e monitoramento 24 horas, em uma tentativa de garantir maior agilidade na resposta a situações emergenciais.