VÍDEO: jovem é demitida por motivo CHOCANTE e grava fala da chefe

data 19 de maio de 2025

Durante esse período, sua função foi alterada

A vendedora Gabriella Barros, de 21 anos, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho de Alagoas após ser demitida, segundo ela, por se recusar a tirar as tranças que usava no cabelo. Negra e natural de Maceió, Gabriella trabalhou por seis meses em uma empresa de consórcios e cartas de crédito até ser desligada no fim de abril. Agora, ela pede indenização por danos morais no valor de R\$ 100 mil e o pagamento de verbas rescisórias.

A denúncia aponta que, no dia 24 de março, a jovem foi advertida verbalmente por sua chefe, que teria afirmado que tranças não eram permitidas por uma “regra da empresa”. Trechos do áudio da conversa foram anexados à ação. “Nem venha com essa trança, tô te avisando”, diz a supervisora em um dos trechos. Em outro, afirma que Gabriella até poderia manter o cabelo, mas “não naquela empresa”.

Além das críticas ao penteado, a chefe ainda atacou o modo de vestir da funcionária. “Se você tivesse um estilo mais social, eu ainda aceitaria seu cabelo, mas você não tem um estilo social”, disse a gestora, segundo os registros.

A jovem, revoltada, expôs o caso nas redes sociais e recebeu o apoio de dezenas de seguidores. Ela relatou que, no início do emprego, já havia sido orientada a desfazer um penteado com tranças, o que acatou. No entanto, após nova tentativa semanas depois, decidiu não se submeter novamente à exigência. Dois dias após a advertência verbal, a chefia sugeriu que ela pedisse demissão. Gabriella se recusou e foi então colocada em aviso-prévio.

Durante esse período, sua função foi alterada: de atendimento presencial a cliente, passou a realizar apenas captação remota, por telefone e redes sociais. Segundo a defesa, a medida foi uma forma de afastá-la da vitrine da empresa. “Foi como se dissessem: seu cabelo é um problema, então fique invisível”, disse o advogado Pedro Gomes, que assina a ação trabalhista.

Além da indenização por danos morais, Gabriella solicita o pagamento do FGTS com a multa de 40% prevista em caso de demissão sem justa causa. A defesa aponta discriminação racial e abuso de poder, destacando que “o cabelo é um elemento da identidade negra e não pode ser motivo de exclusão profissional”.

A Justiça ainda não se pronunciou sobre a análise do caso, que reacende o debate sobre racismo estrutural e padrões estéticos no ambiente de trabalho.

Veja também

2025 © Meu Personalyt