12 de setembro de 2024 
A partir de sexta-feira (13), a chegada de uma frente fria deve provocar chuvas em Santa Catarina. Devido à alta concentração de fuligem na atmosfera, existe a possibilidade de ocorrer o fenômeno conhecido como “chuva preta”, em que a precipitação adquire uma coloração escura por conta das partículas em suspensão no ar.
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Nos últimos dias, o estado tem sofrido os efeitos das queimadas no centro-norte do Brasil, Bolívia e Paraguai. A combinação de uma massa de ar seco e quente com a fumaça tem piorado a qualidade do ar, especialmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste de Santa Catarina.
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiram um alerta conjunto sobre os riscos para a saúde pública devido à baixa umidade relativa do ar e à poluição atmosférica. Desde domingo (8), o estado está sob um Aviso Meteorológico, com atenção especial para possíveis consequências à saúde.
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) relatou que a fumaça das queimadas aumentou a poluição atmosférica. Estações de monitoramento do ar em Tubarão e Capivari de Baixo registraram concentrações de partículas inaláveis (MP10) entre 80 e 130 μg/m³, indicando um Índice de Qualidade do Ar entre moderado e ruim.
Recomendações para a População
Diante da baixa umidade e do aumento da poluição, as autoridades orientam:
- Hidratação constante: Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.
- Ambientes internos: Utilize umidificadores de ar ou coloque recipientes com água para melhorar a umidade dentro de casa.
- Evitar atividades ao ar livre: Principalmente em horários com maior concentração de poluentes.
- Uso de máscaras: Máscaras cirúrgicas ou PFF2 são recomendadas para reduzir a exposição às partículas nocivas.
- Buscar atendimento médico: Caso sintomas respiratórios ou irritações persistam, procure assistência médica.
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Chuva preta é registrada no Brasil; entenda o fenômeno e seus riscos. Após o fenômeno do sol vermelho causado pela fumaça de incêndios que se espalham em diferentes cidades do país, moradores de municípios do Sul do Rio Grande do Sul registraram uma chuva preta na terça-feira (10).
Segundo a MetSul Meteorologia, essa precipitação também é chamada de “chuva de fuligem” ou “soot rain” em inglês. Ela é formada principalmente por partículas de carbono resultantes da queima incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis (carvão) e biomassa (madeira e resíduos agrícolas).
De acordo com informações do SBT News, esses materiais incendiados, ao invés de transformarem a poluição em dióxido de carbono (CO₂) e vapor de água, geram partículas finas de carbono e outros compostos. Como essas partículas são extremamente pequenas, com diâmetros na escala de nanômetros e micrômetros, elas permanecem no ar por longos períodos e podem se deslocar por grandes distâncias.
Assim, o fenômeno ocorre quando a fuligem e outros compostos contaminados na atmosfera se misturam com a umidade e precipitam na forma de chuva.
Impactos
A MetSul Meteorologia informou que esse tipo de chuva indica altos níveis de poluição e é comum em áreas industriais, de queimadas ou onde há queima intensa de combustíveis fósseis.
Quando atinge o solo, essa precipitação contamina a vegetação e locais com acúmulo de água. Além disso, ela deixa uma camada de sujeira na superfície, visível em prédios, veículos e outras estruturas. A chuva preta pode causar a degradação de materiais civis e aumentar os custos de manutenção.
