O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), assinou na 4ª feira (29.jan.2025) ordens executivas para cortar o financiamento federal para educação racial e de gênero nas escolas do país. Para o republicano, esse tipo de currículo faz parte de uma “doutrinação” de alunos em ideologias “antiamericanas”.
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Trump ordenou ainda a promoção da escolha dos pais nas eleições escolares. As diretrizes seguem a promessa de campanha de reformular o sistema escolar dos Estados Unidos de acordo com uma agenda mais conservadora, segundo informação divulgada pelo Washington Post.
“É política da minha administração apoiar os pais na escolha e direção da criação e educação de seus filhos”, disse o presidente na ordem. “Muitas crianças não prosperam na escola designada e administrada pelo governo.”
Durante a campanha eleitoral, Trump e apoiadores acusaram escolas públicas de ensinar crianças brancas a sentirem vergonha de si mesmas devido ao histórico de discriminação e escravidão contra pessoas de cor nos Estados Unidos. A ordem alega, sem apresentar evidências, que professores exigem “aquiescência” aos conceitos de “privilégio branco” ou “preconceito inconsciente”.
A decisão tem como objetivo proibir as escolas de utilizar fundos federais para currículo, certificação de professores e outras medidas relacionados à “ideologia de gênero ou ideologia de equidade discriminatória”.
“Nos últimos anos, no entanto, os pais testemunharam escolas doutrinando seus filhos em ideologias radicais e antiamericanas, ao mesmo tempo em que deliberadamente bloqueavam a supervisão dos pais”, diz a ordem assinada por Trump.
A ordem orienta o secretário da educação a apresentar um plano para acabar com a “doutrinação” nas escolas dentro de 90 dias, especificando ainda que o secretário deve vincular fundos federais para saber se as escolas ensinam de uma maneira que a administração Trump aprove.
Uma outra ordem é direcionada às universidades onde se deram os protestos pró-Palestina em 2024. A medida, que é descrita como uma forma de combater o antissemitismo, ameaça revogar os vistos de estudante de alunos estrangeiros que participaram dos protestos.