‘Todo buraco é lucro’: Quadrisal chama a atenção em SC

data 12 de maio de 2025

Eles vivem um relacionamento a quatro baseado em sinceridade, liberdade sexual e acordos bem definidos

Em Florianópolis, um grupo de quatro pessoas tem despertado curiosidade por viver um estilo de vida bem diferente do tradicional. Eles mantêm um relacionamento poliamoroso, que chamam de “quadrisal”, e além da vida afetiva compartilhada, também trabalham juntos produzindo conteúdo adulto.

Tudo começou com o casal Kel Macettare, de 41 anos, e Bruno Abate, de 42. Juntos há 25 anos, eles são pais de dois filhos: Henry, de 19, e Hector, de 13. Inicialmente, o relacionamento entre os dois era monogâmico, mas cerca de duas décadas atrás decidiram abrir a relação.

Durante um tempo, os envolvimentos com outras pessoas foram apenas casuais. Com o passar dos anos, tanto Kel quanto Bruno desenvolveram sentimentos por novos parceiros, o que levou à formação do relacionamento a quatro. A história foi contada em entrevista ao Universa, do UOL.

Como se formou o quadrisal?
Segundo Kel, a ideia de abrir a relação veio de Bruno. “Começamos como um casal tradicional. Depois, o Bruno propôs entrarmos no universo liberal. No início, era só sexo sem compromisso. Mas depois que ele começou a namorar outra mulher, pensei: ‘por que eu também não posso ter outro parceiro?’”, contou ela.

Atualmente, Kel mantém um relacionamento com Diego Machado, de 37 anos, há um ano e meio. Já Bruno está com Jennifer Faria, de 21, há cerca de 11 meses.

Kel, Bruno e Diego moram juntos, cada um com seu quarto. Jennifer ainda não vive com eles, mas costuma passar os finais de semana na casa. Diego e Bruno não têm envolvimento íntimo entre si, mas Kel e Jennifer eventualmente têm momentos de intimidade.

Uma regra fundamental para o relacionamento funcionar
O quarteto vive um relacionamento aberto com uma regra clara: transparência total. Eles também participam de encontros no meio liberal, como o swing — prática que inclusive foi o ponto de partida para Kel e Diego se conhecerem.

Diego explica que tem um vínculo afetivo somente com Kel, mas é livre para se envolver sexualmente com outras mulheres. “Não tenho outra namorada, mas posso sair com quem quiser”, disse.

A rotina deles é bem organizada: de segunda a quinta, Kel e Bruno dividem o quarto e se relacionam. Diego dorme sozinho, e Jennifer fica em outro lugar. No fim de semana, a dinâmica muda — Bruno fica com Jennifer, e Kel com Diego. Encontros entre todos acontecem ocasionalmente, mas a preferência é manter essa divisão.

Reações da família
A escolha de vida do grupo não agrada a todos. Bruno conta que sua família, com valores mais tradicionais, tem dificuldade em aceitar o relacionamento. Já os pais de Kel são mais compreensivos. Apesar das opiniões divergentes, isso não interfere na convivência do grupo.

O filho mais velho do casal, Henry, diz que nunca teve problemas com a dinâmica familiar. “Eles me contaram quando eu tinha 11 anos, então foi algo natural. Como criança, a gente não julga”, relatou. Ele, por sua vez, mantém um namoro monogâmico.

Bruno concorda com o posicionamento do filho: “Só porque vivemos assim, não quer dizer que nossos filhos tenham que seguir o mesmo caminho”.

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