Em Florianópolis, um grupo de quatro pessoas tem despertado curiosidade por viver um estilo de vida bem diferente do tradicional. Eles mantêm um relacionamento poliamoroso, que chamam de “quadrisal”, e além da vida afetiva compartilhada, também trabalham juntos produzindo conteúdo adulto.

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Tudo começou com o casal Kel Macettare, de 41 anos, e Bruno Abate, de 42. Juntos há 25 anos, eles são pais de dois filhos: Henry, de 19, e Hector, de 13. Inicialmente, o relacionamento entre os dois era monogâmico, mas cerca de duas décadas atrás decidiram abrir a relação.
Durante um tempo, os envolvimentos com outras pessoas foram apenas casuais. Com o passar dos anos, tanto Kel quanto Bruno desenvolveram sentimentos por novos parceiros, o que levou à formação do relacionamento a quatro. A história foi contada em entrevista ao Universa, do UOL.
Como se formou o quadrisal?
Segundo Kel, a ideia de abrir a relação veio de Bruno. “Começamos como um casal tradicional. Depois, o Bruno propôs entrarmos no universo liberal. No início, era só sexo sem compromisso. Mas depois que ele começou a namorar outra mulher, pensei: ‘por que eu também não posso ter outro parceiro?’”, contou ela.
Atualmente, Kel mantém um relacionamento com Diego Machado, de 37 anos, há um ano e meio. Já Bruno está com Jennifer Faria, de 21, há cerca de 11 meses.
Kel, Bruno e Diego moram juntos, cada um com seu quarto. Jennifer ainda não vive com eles, mas costuma passar os finais de semana na casa. Diego e Bruno não têm envolvimento íntimo entre si, mas Kel e Jennifer eventualmente têm momentos de intimidade.
Uma regra fundamental para o relacionamento funcionar
O quarteto vive um relacionamento aberto com uma regra clara: transparência total. Eles também participam de encontros no meio liberal, como o swing — prática que inclusive foi o ponto de partida para Kel e Diego se conhecerem.
Diego explica que tem um vínculo afetivo somente com Kel, mas é livre para se envolver sexualmente com outras mulheres. “Não tenho outra namorada, mas posso sair com quem quiser”, disse.
A rotina deles é bem organizada: de segunda a quinta, Kel e Bruno dividem o quarto e se relacionam. Diego dorme sozinho, e Jennifer fica em outro lugar. No fim de semana, a dinâmica muda — Bruno fica com Jennifer, e Kel com Diego. Encontros entre todos acontecem ocasionalmente, mas a preferência é manter essa divisão.
Reações da família
A escolha de vida do grupo não agrada a todos. Bruno conta que sua família, com valores mais tradicionais, tem dificuldade em aceitar o relacionamento. Já os pais de Kel são mais compreensivos. Apesar das opiniões divergentes, isso não interfere na convivência do grupo.
O filho mais velho do casal, Henry, diz que nunca teve problemas com a dinâmica familiar. “Eles me contaram quando eu tinha 11 anos, então foi algo natural. Como criança, a gente não julga”, relatou. Ele, por sua vez, mantém um namoro monogâmico.
Bruno concorda com o posicionamento do filho: “Só porque vivemos assim, não quer dizer que nossos filhos tenham que seguir o mesmo caminho”.
