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O mercado imobiliário fechou 2024 em alta, registrando intensa movimentação e geração de negócios. Foi um ciclo com crescimento nas vendas, aumento da oferta e melhora nos processos de contratação das linhas de crédito e financiamento, além do aumento dos lançamentos em todo o país e da negociação de imóveis novos e usados. Prova disso é que somente no primeiro semestre, entre janeiro e julho de 2024, o volume de vendas nacionais cresceu 27,4%, com 104.752 imóveis novos comercializados, somando R$ 32,4 bilhões em valor de vendas, segundo o indicador Abrainc-Fipe.
Para este ano, as negociações devem seguir como forte tendência. No Brasil, imóveis residenciais são vistos como reserva de valor para famílias, preservando preços mesmo em crises econômicas. E se antigamente a compra de um imóvel podia ser vista como atitude emocional, as decisões de compra têm se tornado mais racionais, guiadas por novas tecnologias e necessidades reais. Em 2025, por sua vez, o setor deve avançar nos nichos e nos formatos para atender às demandas de um público cada vez mais diverso.
As mudanças no conceito de morar têm se traduzido em soluções mais inclusivas e estratégicas, focadas em qualidade de vida, inovação e valorização. Um dos principais movimentos é a expansão do mercado imobiliário para além dos grandes centros urbanos. O trabalho remoto, cada vez mais comum, contribui para essa mudança de comportamento, permitindo que as pessoas vivam em locais mais agradáveis sem abrir mão da carreira e dos negócios. Assim, cidades de interior e em regiões litorâneas tem ganhado destaque, atraindo compradores em busca de mais tranquilidade e um custo de vida mais acessível.
Nesse mesmo sentido, os condomínios inteligentes têm conquistado os consumidores, oferecendo infraestrutura e soluções tecnológicas para facilitar a rotina dos moradores. Empreendimentos que integram espaços priorizando a conveniência e a funcionalidade, como áreas de coworking, minimercados, áreas de lazer e academias de ginástica, por exemplo, são cada vez mais desejados. Para os solteiros e jovens, como estudantes, trabalhadores e empreendedores, a preferência deve seguir por imóveis compactos ou os chamados micro apartamentos, que são mais fáceis de cuidar e precisam ter boa localização.
Outro movimento que tem ganhado força é o crescimento pelo imóvel usado, já que o comprador pode contar com a orientação do corretor de imóveis para propor uma negociação com o proprietário e conseguir um melhor custo-benefício. O aluguel com possibilidade de compra é outra alternativa em crescimento para quem busca flexibilidade e segurança na hora de adquirir um imóvel. A sustentabilidade também está deixando de ser apenas uma pauta importante e passando a ser uma exigência entre os clientes.
Projetos ecoeficientes, que integram soluções tecnológicas e ecológicas, aliados a espaços verdes, criam uma experiência de moradia com sustentabilidade ambiental e tornam esses imóveis ainda mais atrativos com redução de custos e economia gerada ao longo do tempo. Desde a instalação de painéis solares até sistemas de captação e reaproveitamento de água da chuva, as construtoras estão investindo pesado em projetos que priorizam o cuidado com o meio ambiente e o futuro das cidades.
Se por um lado os imóveis sustentáveis ganham destaque pelo apelo ecológico e econômico, por outro, as moradias de alto padrão próximas à natureza seguem como um segmento sólido e em constante crescimento. Esses empreendimentos oferecem benefícios que traduzem conquistas e um estilo de vida diferenciado, como segurança reforçada e áreas de lazer privativas. É uma tendência não apenas de morar bem, mas também é sobre a valorização que se mantém atraente no longo prazo.
Já o setor empresarial deve aproveitar a estabilidade na economia e o aumento do consumo da população para investir em novas instalações e unidades, motivando a mudança para imóveis mais amplos, como galpões, salas e lajes corporativas para atender suas necessidades e de seus colaboradores. A compra e locação de imóveis comerciais deve se basear em empreendimentos mais modernos e espaçosos, adotando os pilares básicos do ESG, além da preocupação com a sustentabilidade e a eficiência energética, que estão sendo cada vez mais exigidas.
Diante de todo esse potencial, as expectativas do mercado imobiliário para 2025 sinalizam para mais um período de aquecimento. Tecnologias inovadoras, novas demandas de moradia e mudanças nos hábitos de consumo estão redefinindo a forma como compramos, alugamos e investimos em imóveis. No final das contas, há sempre espaço para a evolução nos negócios imobiliários e especialmente para quem trabalha com planejamento e organização para atender as necessidades do cliente da melhor forma possível.