Sara Jacob Gonçalves assina coluna na Revista Nossa

data 20 de março de 2025
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Crédito: Hermann Image

Com o novo projeto, fonoaudióloga quer se aproximar das pessoas e despertá-las para assuntos que podem dar o estalo necessário para buscar ajuda. O conteúdo, com linguagem acessível e lincado com situações cotidianas, será publicado a partir de abril. 

Tem novidade chegando na Revista Nossa. A partir da próxima edição, Sara Jacob Miguel Gonçalves, da Neurovoz, passa a desvendar o enorme campo da fonoaudiologia em uma coluna que promete abordar temas importantes – e muitas vezes desconhecidos do grande público – de forma leve e ilustrada com situações cotidianas. Natural do Rio de Janeiro, em mais de duas décadas de carreira ela vivenciou todas as etapas da profissão e busca com esse novo projeto se aproximar mais das pessoas levando informações e despertando-as para a importância de buscar ajuda caso se identifiquem com algum dos diagnósticos apresentados.
Esta vai ser a primeira experiência de Sara assinando uma publicação impressa, mas anos atrás já participou de um programa chamado “Gotas de Saúde”, que ia ao ar todas as semanas na FM 2000, do Rio de Janeiro. “Os ouvintes enviavam suas dúvidas e eu respondia ao vivo. Aparecia de tudo e era necessário muito jogo de cintura”, lembra ela, que ficava 30 minutos no ar a cada edição e considerava a experiência desafiadora, mas muito gratificante.
Para as nossas páginas, ela traz o conhecimento acumulado na universidade e em uma série de cursos de especialização. Tem pós em Psicopedagogia, Análise de Comportamento Aplicada, Musicoterapia e atualmente cursa pós em Avaliação e Reabilitação em Motricidade Orofacial na Faculeste, de Minas Gerais. Na clínica Neurovoz, onde atua há quatro anos, atende desde bebês até idosos, mas o público predominante é o infantil, normalmente crianças com alguma síndrome ou transtorno neuro divergente. Sara conta que a paixão pelo atendimento infantil surgiu ainda na formação, quando teve a oportunidade de trabalhar em uma ONG com crianças neurodivergentes – um encontro que mudou os rumos da sua carreira para sempre.
A fonoaudiologia, no entanto, vai muito além e não necessariamente está associada a questões de ordem neurológica. É o que ela busca entender melhor no curso que faz agora. “Em muitos casos, a dificuldade na fala está associada à parte motora, que envolve os músculos da cabeça e pescoço, lábio, língua e bochechas. São questões que podem ser resolvidas com exercícios para desenvolver determinado ponto articulatório, por exemplo”, descreve ela, salientando, porém, que não há uma “receita de bolo” e que muitas vezes a abordagem que funciona para um paciente podem não surtir efeito em outro. “Destaco a importância de nunca parar de estudar, manter o aperfeiçoamento constante para ter essa capacidade de refazer a rota, de buscar outras manobras que atendam aquela demanda específica”, reforça.
Além das questões neurológicas, a fonoaudiologia também atua em aspectos motores que envolvem músculos da face, língua, lábios e bochechas – áreas em que Sara tem se aprofundado na pós-graduação em Avaliação e Reabilitação em Motricidade Orofacial. Outra frente importante de atuação é a análise do comportamento, que traz contribuições fundamentais para casos como o mutismo seletivo. “O tratamento é sempre individualizado e prezo muito por isso. Em todos os casos é importante que a família esteja atenta e participe junto, praticando em casa os exercícios e compreendendo a importância da interação para o desenvolvimento da fala nos pequenos”, faz questão de frisar.
Além do atendimento completo em fonoaudiologia, a clínica Neurovoz, da qual é sócia, oferece ainda as especialidades de psicologia (infantil/adulto), musicoterapia, neuro psicologia, psicanálise e o recém implantado atendimento psicológico on-line, que existe desde fevereiro e utiliza uma plataforma para facilitar o acesso do paciente ao tratamento adequado.
Entre os planos futuros, como não poderia deixar de ser, mais e mais estudo. “Tenho o desejo de sair do país no intuito de fazer uma imersão em análise de comportamento aplicado. Acho importante saber como especialistas têm tratado o tema lá fora e trazer isso para dentro da clínica”, encerra, citando a técnica mundialmente conhecida que compreende o ser humano através das interrelações que o indivíduo mantém com o seu ambiente.

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