6 de maio de 2025 
Nos bastidores do Congresso, rola um papo — que parece óbvio, mas nunca foi regra — de que partidos devem ser responsabilizados pelos desvios cometidos pelos seus indicados em cargos públicos. Um exemplo? O escândalo no Ministério da Previdência, que Lula (PT) entregou “de porteira fechada” ao PDT. A proposta é bloquear os fundões partidário e eleitoral até que o rombo seja devolvido. Isso mesmo: roubou, devolve — e paga com o cofrinho do partido. O PDT, que não gostou nem um pouco da ideia de perder a galinha dos ovos de ouro, ameaçou romper com o governo. Lula cedeu e trocou Carlos Lupi por Wolney Queiroz. Seis por meia dúzia, dizem nos corredores — com a vantagem de que a nova meia dúzia ainda responde por omissão no mesmo caso. Ah, e tem precedente: o TSE de Alexandre de Moraes já descontou R$ 22 milhões dos fundos do PL pra pagar multa. Por que não fazer o mesmo com quem dançou com o dinheiro dos aposentados? O ressarcimento iria direto pro INSS, que, na teoria, devolveria aos aposentados o que foi surrupiado. E olha, só em 2026, o PDT deve receber R$ 252 milhões de fundão eleitoral. Tá longe de ser pouco. É ou não é hora de fazer esse dinheiro trabalhar — nem que seja pra pagar o que foi levado?
