Marcela Munhoz, repórter do Balanço Geral Manhã e do Cidade Alerta, foi demitida da Record em 22 de outubro, dias antes de sair de férias. Embora a emissora tenha alegado cortes de custos como motivo oficial, fontes indicam que a verdadeira razão foi o uso indevido da logomarca da Record em uma publicação publicitária no Instagram promovendo uma clínica de estética.
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A jornalista, que tem 185 mil seguidores e atua como influenciadora, frequentemente postava publis – publicações patrocinadas – sem, supostamente, autorização prévia. O manual de conduta da Record permite esse tipo de postagem apenas se revisado pela direção, diferentemente da política da Globo, que proíbe categoricamente.
“A justificativa foi corte de gastos. Até porque toda publicação publi que eu fiz foi previamente informada à emissora”, declarou.
No entanto, o post que levou à sua demissão mencionava a clínica Yahava e mostrava imagens dela com o microfone da Record, associando a emissora à promoção.
Mesmo assim, em sua despedida, Marcela demonstrou gratidão:
“Eu não tenho o que reclamar da emissora. Sou muito grata ao período em que fiz parte da equipe e tive meu trabalho e profissionalismo valorizado”.
A prática de ‘jabá digital’, como é conhecida a troca de serviços por publicidade, já gerou demissões em outras emissoras.
Na Globo, é estritamente proibida desde 2017, após um incidente envolvendo Cesar Tralli. No ano passado, a repórter Lívia Torres foi dispensada por apresentar um evento da CBF com banners de patrocinadores ao fundo, exemplificando a postura rígida da emissora contra associações publicitárias de seus jornalistas.