A Globo foi processada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo por, supostamente, ter vinculado uma reportagem de cunho transfóbico em fevereiro de 2019, no programa Fantástico. De acordo com a instituição, o programa usou um termo preconceituoso ao se referir a Lourival Bezerra, um homem transexual morto em 2018, que viveu mais de 50 anos com documetos falsos.
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Na intimação, que o Notícias da TV teve acesso, o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) afirmou que a emissora desrespeitou Lourival ao anunciá-lo como “uma mulher que se passava por homem”. A Globo tenta uma conciliação para se livrar de pagar uma indenização de R$ 1 milhão.
Na ocasião, Poliana Abritta, que apresentava o Fantástico com Tadeu Schmidt, ao narrar o caso, disse: “Você vai conhecer hoje o segredo de Lourival. Mulher se passa por homem durante 50 anos. Nem a família sabia”.
Essa edição do Fantástico de 3 de fevereiro de 2019 ainda está disponível na Globoplay, contudo a reportagem sobre Lourival foi deletada. Ao telespectador, a plataforma avisou: “Esta versão foi modificada em sua versão web”. A mudança não foi especificada.
O Jornal Anhanguera 1ª Edição, da TV Anhanguera – afiliada da Globo em Goiás e Tocantins – reprisou toda a reportagem um dia depois do Fantástico e a apresentadora do JA, Lilian Lynch, repetiu o mesmo termo apontado pelo Ibrat como transfóbico.
“Um segredo íntimo, guardado por muitos anos, traz problemas agora para uma mulher que passou a vida inteira vivendo como homem disse a âncora.
A Globo não comenta casos sob judice.