Relato inédito de jornalista sobre Flordelis entrega sexo com fiéis e autógrafos em bíblia dentro da cadeia

data 30 de outubro de 2024

Porém, sua imagem de “mulher de Deus” ruiu após se tornar o centro de um dos crimes mais chocantes do país

Flordelis dos Santos de Souza, ou apenas Flordelis, ficou conhecida por sua trajetória como cantora gospel, pastora e deputada federal.

Porém, sua imagem de “mulher de Deus” ruiu após se tornar o centro de um dos crimes mais chocantes do país.

  • Em 2020, Flordelis foi acusada de orquestrar o assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019, na garagem de sua casa, em Niterói–RJ;
  • A princípio, o crime que parecia um latrocínio, levou a uma investigação complexa e repleta de reviravoltas e eventos ainda mais obscuros;
  • Em novembro de 2022, Flordelis foi condenada a 50 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e tentativa de homicídio contra testemunha chave.

A equipe do TV Foco especializada em crimes reais, traz agora um trecho de uma entrevista de Ullisses Campbell, jornalista focado em “true crime” brasileiro, concedida ao podcast Nostalgia Belém, no YouTube, aonde o mesmo revela camadas ainda mais escabrosas sobre Flordelis e sua vida atual na cadeia.

Vida dupla e regada à luxúria

Ullisses iniciou o relato destacando o quanto a realidade de Flordelis era completamente incompatível com aquilo que ela pregava.

Mais que isso, ela praticava orgias logo após o culto e ainda chamavam fiéis para participar:

“Ela -Flordelis- é sínica! Ela subia ao púlpito para ali pregar, assim que acabava o culto, saía ela o marido a filha e o namorado da filha para uma casa de swing assediava em todos os lugares, até mesmo na igreja”.

Outro ponto-chave para Ullisses é que, para uma pessoa com vida dupla como Flordelis, ela nem era tão discreta assim, uma vez que envolvia pessoas que poderiam gerar um escândalo:

“Ela seduzia pessoas que trabalhavam ali na igreja, pessoas que entravam na casa dela feito filho, ela transava com essas pessoas, com fiéis. Então, ela era descarada, no caso teria que entrar nesse universo para entender de tão absurdo que é”.

Ullisses relata que Flordelis arriscava frequentar casas de swing e cometer abusos, escondendo-se atrás de uma imagem imaculada.

Sendo assim, poucos poderiam desacreditar se algo viesse à tona:

“ Você sabe que tem uma amiga de uma tal de Carla, que congregava na igreja de Flordelis, que contou que viu Flordelis no Swing. E ela tirou satisfação, pois havia detalhes que nem poderiam ser desmentidos.

Porém, o Anderson, chamava de lado e manipulava usando o Diabo, dizendo que ele entrava na mente e fazia enxergar coisas que não era verdade, e aí acreditavam”.

Segundo Ulisses, as pessoas ficam cegas, acreditando no que desejam e no pastor no púlpito, protegido pela imagem de santidade.

A dona do pedaço

Em outra entrevista, dessa vez ao podcast de Beto Ribeiro, Ullisses revela que Flordelis montou uma igreja na cadeia e autografa bíblias:

“Ela está dando autógrafo em bíblia. Na cadeia a religião é muito forte então tem muito evangélico e, de forma embrionária, ela está montando uma nova igreja. Inclusive ela só não confessou o crime, pois um réu confesso jamais lidera um rebanho”.

Beto compara o caso a Guilherme de Pádua, que virou pastor após ser preso por matar brutalmente Daniella Perez.

Porém, de acordo com Ullisses, Guilherme de Pádua também não confessou o crime e sim jogou nas costas da esposa.

O que de certa forma viabilizou para ele conquistar o posto de pastor assim que saiu da cadeia.

Em seguida ele diz que essa “aceitação” não foi exatamente genuína, uma vez que a igreja poderia usar a presenças desses assassinos para afirmar que regenera até a pior das criaturas:

“A igreja faturava muito em cima dele, como muitas faturam e como querem faturar com a Susane, para poder dizer ‘olha minha igreja é tão boa, que esse aqui matou e se arrependeu e graças a minha fé e minha igreja que ele encontrou Jesus”

Segundo Ullisses ele nunca assumiu de forma categórica o que aconteceu no assassinato de Daniella Perez. Se ele tivesse feito isso, ele até poderia frequentar uma igreja, mas jamais subir em um púlpito.

Reflexão

  • Todos esses relatos de Ullisses traz uma reflexão profunda à sociedade quanto ao que acreditar;
  • E se vale a pena colocar a moral de alguém em um pedestal pelo simples fato da pessoa ter uma posição de destaque na igreja ou até mesmo na política.

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