Mayla e Sofia fizeram a cirurgia em Blumenau, pelos médicos Claudio Eduardo de Souza e José Carlos Martins Júnior – Foto: Reprodução Instagram
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A história das gêmeas transexuais Sofia Albuquerck e Mayla Phoebe de Rezende, de 19 anos, foi além das fronteiras do Brasil e chegou ao noticiário internacional.
As duas realizaram a cirurgia de redesignação sexual, mais conhecida como “mudança de sexo” em fevereiro, no Hospital Santo Antônio de Blumenau.
Dentre os jornais que contaram a história das duas estão o americano New York Post e os ingleses The Sun e Daily Mail. A história das duas irmãs repercutiu nacionalmente após Mayla e Sofia decidirem aparecer para a mídia e contar suas histórias de peito aberto.
“Me sinto realizada, liberta. Foi tudo com a permissão de Deus, desde os meus 3 anos de idade eu peço para Deus me transformar em uma menina e creio que ele nos abençoou até aqui”, contou Mayla.
As transexuais mais jovens a fazer a readequação do sexo
Mayla e Sofia são também as transexuais mais jovens a fazerem a operação no país, com base na resolução de 2020 do CFM (Conselho Federal de Medicina), que diminuiu de 21 para 18 anos a idade mínima para o procedimento.
As cirurgias foram realizadas pelos médicos cirurgiões Dr. Cláudio Eduardo de Souza e Dr. José Carlos Martins Júnior, que comandam a clínica Transgender Center Brazil, em Blumenau.
De acordo com os médicos as irmãs tiveram pouca dor no pós-cirúrgico e iniciaram o processo de dilatação vaginal, protocolo necessário para adaptação ao novo órgão sexual.
A partir deste momento, conforme explica o médico Claudio Eduardo de Souza, elas terão acompanhamento médico por telemedicina, num intervalo de 30 a 40 dias cada consulta, para ajustar o protocolo de dilatação da neo-vagina e orientá-las até o início da prática sexual.
De acordo com a equipe médica, elas devem retornar à clínica em até um ano após o procedimento para consulta com ginecologista da Transgender e posteriormente, fazerem esse acompanhamento com um ginecologista que elas escolherão.
Para José Carlos Martins Júnior o caso foi um sucesso e psicologicamente as irmãs ficaram muito felizes e satisfeitas com o procedimento.
Embora este não seja o resultado estético final, que se dará entre 18 e 24 meses após a cirurgia, a função urinária já foi reestabelecida e a parte sexual poderá iniciar após 90 dias da operação.
