Rede Nossa: Bolsonaro critica Moisés e fala sobre prisão de bailarina do Faustão em SC

data 24 de julho de 2020

Sorridente e simpático durante a conversa virtual que teve com o governador Carlos Moisés, durante a visita a Santa Catarina, no início do mês, o presidente Jair Bolsonaro deu a entender que a reaproximação não se consolidou

Sorridente e simpático durante a conversa virtual que teve com o governador Carlos Moisés, durante a visita a Santa Catarina, no início do mês, o presidente Jair Bolsonaro deu a entender durante a live – o vídeo ao vivo – desta quinta-feira (23) que o clima de cordialidade era passageiro e a expectativa de reaproximação não se consolidou. Moisés foi citado por Bolsonaro quando ele comentava o veto ao projeto de lei que tornava obrigatório o uso de máscaras, em todo o país.

O presidente citou o caso da bailarina Natacha Horana, do Domingão do Faustão, que foi detida pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú após resistir a uma fiscalização em uma festa clandestina. A ação ocorreu com base num decreto municipal – mas o presidente falou de Moisés:

‘O governador de SC se elegeu usando o meu nome, a exemplo do Rio de Janeiro, e depois, não sei o que deu na cabeça das pessoas, resolveu me atacar’. Bolsonaro deu a entender que não conhecia bem o governador – o que não destoa do tom da conversa da visita oficial, no início do mês. Disse que SC está “sofrendo muito” por ações do governador, que chamou de “comandante Moisés, se não me engano”.

O exemplo da bailarina foi citado pelo presidente para dizer que vetou o uso de máscaras porque, segundo ele, o projeto aprovado pelo Congresso permitiria que os fiscais invadissem casas. A informação é alvo de fake news nas redes sociais, e já levou a Câmara dos Deputados a emitir esclarecimento, em junho, dizendo que “não há nada no texto aprovado que obrigue o uso de máscara dentro de casa ou que fale em invasão domiciliar para fiscalizar e punir a população”.

A Câmara explicou, em nota público, que o trecho que causou confusão é o que fala em “demais locais fechados”, que se refere a “espaço privado acessível ao público”, e não a residências. Recentemente, Moisés falou aos colegas Upiara Boschi e Raphael Faraco, em entrevista, sobre a relação com o presidente. Disse que nunca houve afastamento, que sempre respeitou o presidente, e que “talvez as informações que cheguem ao presidente tenham chegado distorcidas”.

 

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