Professores da UFSC aderem à greve nacional nesta terça-feira (7)

data 7 de maio de 2024

Estado enfrenta duas paralisações simultâneas de docentes

Os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiram aderir à greve nacional docente, que teve início nesta terça-feira (7). A decisão foi tomada após uma votação online realizada entre os dias 30 de abril e 3 de maio, com a participação de 1.250 professores.

Dos votos contabilizados, 637 foram a favor da paralisação, 596 contra, e 17 em branco. A Diretoria da Associação dos Professores da UFSC (Apufsc), enviou um ofício à Reitoria da universidade comunicando o início da paralização. Detalhes sobre as ações de mobilização ainda não foram informados.

Esta não é a primeira vez que a questão da greve é discutida na UFSC. Em abril, uma votação semelhante ocorreu, resultando em 582 votos contra a paralisação, 512 a favor e 24 em branco. A retomada da discussão ocorreu após a apresentação de um requerimento à Diretoria do sindicato, assinado por 5% dos filiados, conforme estipulado pelo estatuto. Uma nova Assembleia Geral Extraordinária foi convocada para deliberar sobre a greve.

Os professores expressaram frustração com as últimas rodadas de negociação, especialmente diante da falta de manutenção do reajuste salarial para 2024 pelo Ministério da Gestão, o qual informou reajustes apenas para 2025, que passou de 4,5% para 9% para os servidores públicos. Em âmbito nacional, até o momento, 40 entidades que representam docentes de universidades federais aprovaram a greve, enquanto 13 a rejeitaram. Destas últimas, oito agendaram novas assembleias gerais após a última rodada de negociações.

Em resposta à decisão dos docentes, a Diretoria da Apufsc destacou a expressiva participação na votação e afirmou respeitar a decisão da categoria. Além do reajuste salarial, a greve visa melhorias na carreira docente e na recomposição do orçamento das universidades.

A Reitoria da UFSC, por sua vez, recebeu o comunicado do sindicato e aguarda contato para conhecer a pauta de reivindicações locais, se houver. Paralelamente, busca estabelecer um canal de diálogo com os docentes, semelhante ao que já ocorre com o comando de greve dos servidores Técnico-administrativos em Educação (TAEs).

Greve dos professores da rede estadual

A greve dos professores da rede estadual de Santa Catarina completou duas semanas sem um acordo entre a categoria e o governo do estado. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) reivindica melhorias nas condições de trabalho e valorização da carreira docente.

Entre as solicitações do sindicato estão a realização de um novo concurso público, a aplicação da hora atividade para todos os colaboradores da educação, a revogação total do desconto de 14% aplicado na folha de pagamento dos aposentados e o reajuste do Piso Nacional na tabela salarial, com descompactação da mesma.

Segundo o Sinte, mais de 40% do quadro de educadores estava paralisado. No entanto, o Governador do estado, Jorginho Mello, contradiz essa informação, alegando que a adesão não passa de 10% dos professores. Apesar disso, o governo estadual mencionou planos de repor as ausências com a contratação de temporários. Em abril, o governador também informou que os dias de paralisação serão descontados dos salários dos professores.

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