A Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento da prefeitura de Jaraguá do Sul tem incentivado os agricultores locais, desde o ano passado, a substituir o milho pelo sorgo na produção de forragem de inverno: a silagem. “Isso se deve devido à grande diferença que há na produção de volumoso. O sorgo produz praticamente o triplo de toneladas na mesma área em relação ao milho”, apontou o secretário de desenvolvimento econômico, Marcos Voltolini. Ele argumenta ainda que o sorgo permite três cortes e o milho apenas um. “Estamos também, através dessa secretaria, distribuindo essas sementes com o mesmo subsídio que o agricultor possui em seu cadastro, ou seja, com o mesmo desconto”.
Outro que defende a utilização do sorgo na silagem de inverno é o engenheiro agrônomo da secretaria, Jackson Schulz. “A variedade de sorgo gigante boliviano, por exemplo, produz de 20 a 30% a mais por corte para silagem que o milho. E ainda: com o mesmo valor e peso de sementes, ele rende 2,5 a três vezes mais em área plantada “Se um saco de milho rende um hectare plantado, com um saco de sorgo se planta em 2,5 a 3 hectares. Chega a produzir de 100 a 120 toneladas de matéria verde por hectare, já o milho chega até 60 toneladas de matéria verde/hectare. Possui ainda rusticidade, resistência a pragas como cigarrinha e o gado aceita muito bem. Além disso, o sorgo tem o valor nutricional equivalente a 90% do milho”, complementa.
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O agrônomo aponta que atualmente 13 produtores plantaram o sorgo gigante. “Cerca de 130 quilos de sementes distribuídas numa área estimada de 30 hectares”, argumentou Schulz. Um deles é o agricultor Rafael Glatz. “Fui um dos primeiros a plantar sorgo aqui na região do Rio da Luz, mas hoje aqui perto sei que pelo menos mais quatro produtores também adotaram o sorgo para silagem de inverno. Ano passado a produção rendeu de 12 a 14 carretas. Este ano já carreguei perto de 30”, afirmou. “Outra coisa que analiso como bom no sorgo é a diminuição do custo hora/máquina e o mais importante: é muito mais resistente à infestação de pragas do que o milho”, defendeu.