“Estou na rua, debaixo da ponte”, esse foi o desabafo do ator Mario Gomes na última segunda-feira (16) ao ser despejado da mansão onde morava desde 2002, com a mulher e dois filhos menores, em um condomínio na zona oeste do Rio de Janeiro.
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O imóvel foi leiloado judicialmente para cobrir o valor de dívidas trabalhistas, que se arrastaram pelos tribunais durante anos.
A empresa Mário Gomes Indústria E Comércio De Confecções LTDA funcionou entre 1997 e 2005 no interior do Paraná.
A empresa chegou a ter mais de 100 funcionários, muitos dos quais entraram na Justiça para receber salários atrasados e multas rescisórias que o então ator de TV e sua sócia, Marcia Patricia Mendes, deixaram de pagar a eles.
O processo que originou o leilão se refere a uma ação trabalhista de 84 costureiras contra a empresa de Mário. Na época, a Justiça tentou encontrar o valor da indenização nas contas bancárias do ator e em outros bens, antes de decidir pela penhora e o leilão da mansão.
O imóvel foi arrematado por cerca de R$ 720 mil.
A mansão foi arrematada pela Associação dos Servidores Públicos Auxiliares dos Governos da União, dos Estados e dos Municípios (ASPAG), que fez o arremate em 26 abril de 2011. No entanto, nunca tomou posse do imóvel, já que uma série de recursos foi tentada pelo ator e por sua mulher, Raquel Palma.
Ela afirmava que o marido não havia sido citado pela Justiça nem intimado da penhora e sequer sabia da data do leilão. Além disso, num dos recursos ela alega a impenhorabilidade do único bem de família e o baixo valor praticado na venda.
Segundo corretores, um imóvel como o de Mário Gomes valeria hoje, se fosse primeira locação, algo em torno dos R$ 20 milhões. No entanto, a casa, que não foi reformada ou sofreu reparos nos anos posteriores ao leilão, já não teria essa avaliação. Mas, pela localização, vista, estrutura e terreno, ela poderia ser negociada por R$ 12 milhões.
O imóvel debruçado sobre o mar foi vendido por R$ 720 mil para a quitação de uma dívida de R$ 923 mil com as costureiras.
A associação, a nova proprietária, também processa Mário Gomes pelas dívidas contraídas enquanto ele permaneceu na casa, como cotas de condomínio e IPTU, num total de R$ 180 mil.
Ous seja, o ator perdeu a mansão, mas ainda permanece com essa dívida de R$ 180 mil.