Quando Vanderlei Valczak decidiu mudar de ramo e convidou Fabio Luís Sobieranski para se associar a ele em uma fábrica de gelo, a explicação era simples: pretendia investir na área porque o “gelo derrete”, o que garantiria alta rotatividade de clientes e um retorno rápido. A simplicidade, porém, para por aí. Diferente do que muitos pensam, o processo de produção vai muito além de encher forminhas com água e colocar no mercado, e passa por uma série de normas e cuidados que garantem a segurança alimentar do produto.

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Um desafio a mais para os amigos habituados a áreas tão diferentes de trabalho. Enquanto Vanderlei já teve empresa de manutenção de máquinas de costura, Fabio empreende na construção civil. Ao time da Guará Gelos, uniu-se Bruno Luís Sobieranski, filho de Fabio, e desde outubro passado eles brigam por uma fatia do mercado, distribuindo o produto em restaurantes, supermercados, conveniências e, claro, nos inúmeros eventos que ocorrem por toda a região. A receptividade foi tão boa que eles fazem planos de expansão para o fim deste ano, já que atualmente manter um estoque tem sido desafiador devido à alta demanda.

Hoje a fábrica conta com uma máquina industrial capaz de produzir em torno de 1.800 quilos por dia – com ciclos que levam em média 22 minutos e geram de 30 a 40 quilos de gelo. A variação ocorre por conta do clima, já que o forte calor pode interferir no tempo de produção. Outros critérios, no entanto, são fundamentais nesse processo. É imprescindível que a água utilizada seja potável, isto é, límpida, inodora, transparente e livre de contaminações químicas, físicas e bacteriológicas. “Nosso controle de potabilidade da água é realizado por um laboratório certificado e que atua há mais de 20 anos entregando credibilidade, confiança e precisão nos resultados, a fim de garantir sua qualidade”, comenta Vanderlei, lembrando que a única diferença entre água potável e gelo é a temperatura.
Essa água também precisa ter determinado pH, medida de sua acidez ou alcalinidade, além de ser monitorada a quantidade de cloro. Esse cuidado fica a cargo da engenheira química Fernanda Caroline Otto. Com pós-graduação em Rotulagem de Alimentos e Bebidas, Ciência e Tecnologia de Alimentos e Gestão de Qualidade e Auditoria, ela assina como responsável técnica pela fábrica.
“Operamos com os resultados estabelecidos nas legislações vigentes, utilizando os mesmos padrões da água potável. Tudo isso ocorre devido ao nosso controle rigoroso de qualidade desde as boas práticas de fabricação até a entrega do produto final”, reitera Fabio. Talvez você não tenha se dado conta, mas um gelo de qualidade precisa ser transparente e até mesmo ter um formato específico, que é analisado através de amostras especialmente por clientes mais exigentes. Da próxima vez que comprar um pacote, tente passar uma caneta Bic pelo centro da pedra. Se conseguir, ele está perfeito.
Uma série de cuidados que tem destacado a Guará Gelos no mercado e vislumbrando um mercado vasto no futuro. Primeiro, eles querem fortalecer a distribuição na região de Jaraguá do Sul e Guaramirim, garantindo o padrão de qualidade e o respeito no momento da entrega, considerada outro diferencial frente às concorrentes. Depois disso, pretendem atacar outras regiões e recentemente adquiriram um segundo veículo frigorífico para garantir o transporte. “Estamos sempre atentos à evolução e melhoria das nossas condições de produção e boas práticas de higiene e limpeza para melhorarmos cada vez mais nossa posição no mercado”, encerra.
SERVIÇO
O quê: Guará Gelos.
Onde: Rua Tranquelino Rosa, 631 – Bananal do Sul – Guaramirim.
Informações e encomendas: (47) 99105-7505 / @guara.gelos .
