Pouco depois da cerimônia de posse de Lula, o novo governo não perdeu tempo: apresentou uma medida provisória que aumentava o número de ministérios para 37. O governo Bolsonaro terminou com 23 ministérios. Um número enxuto diante da farra petista de aumentar pastas e cargos, um estilo de governança bem conhecido pelos brasileiros, que sofreram principalmente no governo de Dilma Rousseff.
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Em muitos casos na vida, quanto mais, melhor. Mas no caso da gestão de ministérios, podemos afirmar que mais é menos. Bolsonaro fundiu diversas áreas de atuação em uma só, criando os superministérios. O ministério da Economia era uma fusão de Fazenda, Planejamento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e parte do ministério do Trabalho. Existia uma busca pela diminuição de cargos e a otimização dos trabalhos. E é assim que o Estado deve ser.
Diferente do que vimos nos últimos quatro anos, cada novo ministério irá criar mais estruturas burocráticas, o que pode aumentar a lentidão e a ineficiência do governo. O aumento de ministérios pode levar a um desencontro na criação e execução das políticas públicas, com ministérios diferentes adotando abordagens e prioridades diferentes. Isso pode dificultar a implementação de uma visão de governo unificada e coerente. E não podemos esquecer da questão orçamentária: cada ministério adicionado significa mais despesas para o governo, incluindo salários para os ministros e seus respectivos funcionários.
Votei contra a MP que aumentava o número de ministérios, mas fui voto vencido. O que nos resta, enquanto oposição ao governo, é fiscalizar e cobrar eficiência desses ministérios. E, claro, denunciar todo serviço mal prestado ao povo. Precisamos de um Estado enxuto e operante. Não de uma máquina inchada de funcionários para viabilizar politicagem. Estaremos de olho.