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23 cidades de SC foram alvo de operação – Foto: MPSC/Divulgação/ND
Servidores públicos e prefeituras foram alvo de uma operação policial na manhã desta terça-feira (19), que cumpriu mandados em 23 cidades catarinenses. Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), se trata da segunda fase da operação Fundraising, que investiga um grupo empresarial suspeito de fraudar licitações para desvio de verba pública.
A operação foi liderada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e o Geac (Grupo Especial Anticorrupção).
A investigação mira em 23 municípios catarinenses e quer cumprir 63 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão preventivas, destes, cinco contra servidores públicos. Um município do Rio Grande do Sul e Brasília também são alvos da operação.
Segundo informações apuradas pelo repórter Paulo Mueller, duas cidades onde mandados são cumpridos são Ipira e Piratuba, no Meio-Oeste de Santa Catarina.
Em setembro de 2023, a primeira fase da operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília.
Esquema de desvio de verba pública em SC seria comandado por grupo empresarial de assessoria
A operação quer desarticular uma suposta quadrilha, liderada por um grupo empresarial especializado em fraudar licitações para desvio de verba pública. Segundo a investigação, o esquema também envolve o recrutamento de servidores públicos para as fraudes.
A polícia apurou que a quadrilha é liderada por um grupo que afirma prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos. Sob esse pretexto, o grupo teria direcionado licitações em municípios catarinenses com empresas que não tinham comprovação de atividade, ou seja, que poderiam nem existir.
Em português, “Fundraising” significa “Arrecadação de fundos”, é uma expressão em inglês que se refere a uma metodologia que visa desenvolver processos para facilitar a captação de recursos.
Esquema de desvio de verba pública seria comandado por grupo empresarial – Foto: MPSC/Divulgação/ND
A operação conta ainda com o apoio técnico das Polícias Penal e Científica de Santa Catarina, da Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, além da Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR/PCDF), e do GAECO e Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação – CI do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).