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O limbo previdenciário ocorre quando o trabalhador se vê sem receber salário ou benefício previdenciário devido a divergências entre o parecer médico da empresa e o do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) quanto à sua capacidade para retornar ao trabalho. Essa situação pode ser angustiante, pois o trabalhador não recebe o auxílio do INSS nem o salário da empresa, ficando em uma espécie de “limbo” enquanto espera uma resolução.
Como o limbo previdenciário se forma?
1. Afastamento por doença ou acidente: o trabalhador é afastado por problemas de saúde e começa a receber auxílio-doença do INSS.
2. Alta médica pelo INSS: após algum tempo, o INSS concede alta, considerando o trabalhador apto para retomar suas atividades.
3. Discordância do médico da empresa: o médico da empresa, por sua vez, discorda do parecer do INSS e avalia que o empregado ainda não está em condições de trabalhar.
4. Limbo previdenciário: nesse momento, o trabalhador deixa de receber tanto o benefício do INSS quanto o salário da empresa, já que o médico do trabalho o considera inapto para o retorno.
Essa indefinição coloca o trabalhador em uma situação extremamente vulnerável, sem qualquer fonte de renda até que o impasse seja resolvido.
Como evitar o limbo previdenciário?
A responsabilidade de evitar o limbo previdenciário recai sobre a empresa, que deve tomar as seguintes medidas ao receber a alta do INSS para um trabalhador:
• Reintegrar o trabalhador imediatamente após o INSS considerá-lo apto ao trabalho;
• Realocar o trabalhador em outra função, caso ele apresente limitações para exercer suas atividades anteriores;
• Manter o trabalhador em repouso remunerado, caso o médico da empresa ainda considere que ele não está plenamente recuperado.
A solução dependerá das particularidades de cada caso, mas o objetivo é sempre garantir que o trabalhador não fique desamparado financeiramente.
A responsabilidade da empresa no limbo previdenciário
Embora não haja uma previsão legal específica que regule o limbo previdenciário, a legislação e o entendimento dos tribunais superiores apontam que é responsabilidade da empresa arcar com a remuneração do trabalhador durante esse período. Ou seja, se o auxílio-doença foi cessado pelo INSS, a empresa deve reintegrar o trabalhador ou mantê-lo remunerado até a resolução do impasse.
Se a empresa se recusar a pagar os salários ou reintegrar o trabalhador, este poderá buscar seus direitos.
Conclusão
O limbo previdenciário é uma situação delicada que exige solução rápida e justa para evitar prejuízos ao trabalhador. A empresa, em geral, é a principal responsável por evitar esse impasse, sendo importante que tome providências adequadas conforme cada caso. O trabalhador, por sua vez, deve buscar orientação jurídica caso seus direitos sejam violados.