Nível de nicotina em cigarros eletrônicos é maior do que em cigarros comuns, aponta pesquisa

data 30 de maio de 2024

Técnicos da Vigilância Sanitária realizam uma espécie de mapeamento em grandes eventos, onde são colhidas amostras de saliva de adultos e jovens com mais de 18 anos

O Nível de nicotina em cigarros eletrônicos é seis vezes maior do que em cigarros comuns, segundo dados preliminares de um estudo do Instituto do Coração, divulgado nesta quarta-feira (29). A pesquisa gerou um alerta preocupante para falta de conhecimento dos jovens sobre o alto risco de dependência.

“É bem difícil, mas faz um tempo que estou tentando diminuir. Eu nunca tinha tido problema respiratório, depois que eu comecei a fumar, tive pneumonia, rinite, sinusite…”, relata o comerciante, Gustavo Evangelista.

Técnicos da Vigilância Sanitária realizam uma espécie de mapeamento em grandes eventos, onde são colhidas amostras de saliva de adultos e jovens com mais de 18 anos. “É como se estivesse pegando o sangue. Você pega a saliva, que é muito mais simples, e consegue dosar as substâncias de interesse da pesquisa, a aconitina e a nicotina”, explica o pesquisador Marcelo Filonzi dos Santos.

Muitos usuários não fazem ideia dos prejuízos que o cigarro eletrônico pode causar. “Alguns que começaram a utilizar por influência de amigos acham que não faz mal realmente, que trocaram o cigarro pelo eletrônico porque foram informados que seria utilizado para parar de fumar”, conta Elaine D’Amico, coordenadora de fiscalização do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo.

No entanto, o que o estudo mostrou até agora surpreendeu os próprios pesquisadores. “O nível de nicotina presente em quem fuma cigarro eletrônico pode ser até seis vezes maior do que o encontrado naqueles que fazem uso de cigarro comum”, explica Elaine.

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