Existe um raro distúrbio neurológico chamado Narcolepsia que faz com que a pessoa durma nos momentos mais inesperados: conversando, trabalhando, dançando ou mesmo em situações que podem pôr sua vida em risco – dirigindo, por exemplo.
Noticias relacionadas
Os ataques de sono, podem ocorrer várias vezes ao dia e durar de dez minutos a mais de uma hora, o que afeta muito a vida da pessoa.
A doença, também pode provocar alucinações e cataplexia – que é a perda dos movimentos, mesmo estando consciente.
Não se conhece ainda o mecanismo que leva ao desenvolvimento da narcolepsia.
Algumas evidências apontam que, pessoas com predisposição genética, ao serem expostas a algum gatilho ambiental, desenvolvem células de defesa do sistema imunológico que atacam certos neurônios do hipotálamo lateral do cérebro, responsáveis pela produção da hipocretina, um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o despertar e a estabilidade das fases do sono.
A diminuição da hipocretina deixa os pacientes expostos a uma maior sonolência durante o dia e a uma instabilidade do sono – sobretudo na fase do sono mais profundo – o sono REM, que contribui para o bem-estar físico e mental.
Certas lesões cerebrais, como as causadas por encefalites ou esclerose múltipla também podem causar narcolepsia.
O surgimento da doença é mais comum entre os jovens, quando iniciam os primeiros sintomas, como sonolência excessiva, alucinações ao adormecer ou acordar, e paralisia do sono.
A doença pode apresentar dois picos de incidência, por volta dos 15 anos e, posteriormente, dos 35 anos de idade.
O tratamento é sintomático, com alguns medicamentos para manter um estado de alerta, e outros com impacto direto no sono.
O paciente deve manter uma boa higiene do sono, tirar cochilos curtos programados ao longo do dia para não adormecer em situações indevidas, deve praticar atividade física, controlar o peso e tratar sintomas de depressão e ansiedade.
O profissional indicado para diagnosticar a narcolepsia, é o neurologista.
