Na tarde nublada da última sexta-feira (21), o Museu da Paz recebeu a ilustre visita de um dos personagens vivos da Segunda Guerra Mundial, o expedicionário Walter Carlos Hertel, homenageado no último dia 3 de julho, como um dos cidadãos centenários de Jaraguá que Sul e que lançou seu livro “Diário da Segunda Guerra Mundial” (Design Editora, 198 páginas), em dezembro de 2022, contando suas memórias no front, além de fotografias e mais alguns complementos, como quando revisitou os locais de combate décadas depois.
Noticias relacionadas
Como o prédio da antiga Estação Ferroviária II, passou por um restauro e readequação para receber a Estação Cultural e também abriga o Museu da Paz, Hertel foi conferir como ficaram as instalações, junto com a filha Silvia Hertel.
Walter Carlos Hertel nasceu no dia 15 de dezembro de 1922, atuou com destaque na cultura, no esporte e no comércio por décadas. E também cruzou o oceano, pegou em armas e lutou na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas pela Força Expedicionária Brasileira, embarcando no dia 29 de junho de 1944 no navio General Mann, no Rio de Janeiro. Duas semanas e meia depois desembarcou no porto de Nápoles, no Sul da Itália. De lá foi subindo com a Companhia em direção ao Norte, até chegar no front, na cidade de Lucca, localizada na região da Toscana. Foi soldado mensageiro, intérprete e escapou da morte algumas vezes. Em 18 de julho de 1945 voltou ao Brasil.
“O Sr. Hertel se mantém muito ativo e lúcido, com quase 101 anos de idade. É um grande colaborador do Museu da Paz, pois viveu aqueles momentos terríveis da guerra e tem muito a nos ensinar sobre a necessidade de buscarmos incansavelmente a Paz. É uma honra recebê-lo e perceber que aprovou as novas instalações e a exposição dos artigos e artefatos originais daquele período, que foram cuidadosamente higienizados, classificados e dispostos pelos nossos servidores do Museu”, afirmou a Secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Natália Lúcia Petry.
Walter Carlos Hertel, que completará 101 anos em dezembro deste ano, assinou o livro de visitas do Museu da Paz, que mostra a história de um terrível período da humanidade, no qual ele lutou.