Aos quatro anos de idade, Jessica Aparecida Cardoso Sacardo, 32, sofreu uma fratura no fêmur durante uma queda doméstica. A lesão, considerada comum na infância, resultou em várias complicações ao longo de sua vida que culminaram na escolha da bancária, em novembro de 2023, de amputar a perna.

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A fratura do fêmur é relativamente comum e costuma ser curada facilmente com repouso e fisioterapia. No caso de Jessica, porém, o machucado afetou o crescimento do osso, levando ela a ter uma leve diferença de comprimento entre as pernas, de cerca de 2 centímetros. As tentativas de ajustar essa diferença acabaram culminando na amputação.
“Era um tratamento muito sofrido, eu sentia muita dor, tive trombose devido ao tamanho da cirurgia. Porém, seguimos. Só que devido à pandemia, meu tratamento ficou parado porque os materiais que eram importados não chegavam. Como a cirurgia mexeu muito na estrutura da minha perna, fiquei de muletas durante cinco anos e com muita limitação nos movimentos”, lembra ela.
Ainda assim, Jessica voltou ao trabalho e manteve a rotina como pôde. Até que, em 2022, ela sofreu uma nova queda em casa. A fratura no tornozelo, com tíbia e fíbula comprometidas, exigiria cirurgia, mas os médicos não queriam mexer em um caso tão complexo sem a presença do especialista que a acompanhava, que estava de férias. Jessica foi imobilizada com tala, mesmo com os ossos fora do lugar.
