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Olá, caro leitor (a), primeiramente gostaria de dizer que é um grande prazer poder escrever para você.
Aproximar a psicologia com temas do nosso cotidiano é um dos objetivos desta coluna e uma das questões que estão envolvidas nas nossas vidas são as perdas. Ninguém está pronto para perder nada. Somos seres sociais e nos apegamos a pessoas, coisas, situações, lugares, etc. Então, quando falamos de luto, podemos nos referir a todo tipo de perda, indiferente se for de pessoas, animais de estimação, lugares, trabalhos, enfim… tudo que represente uma perda e um sofrimento psíquico e emocional.
Mas quero destacar o luto nos relacionamentos. Há quem diga que para não sofrer demasiadamente no fim de um relacionamento é preciso ter cautela e não se entregar, mas o amor é oposto a isso. Amar é perder o controle e simplesmente deixar as coisas fluírem. Como dizia o poeta, quem quase vive, já morreu.
Assim como a perda de um ente querido, o fim de um relacionamento também pode levar ao luto. Nesse sentido, é válido conhecer as cinco fases do luto que um término poderá causar:
Negação: as pessoas tendem a agir como se nada tivesse acontecido, negando o término e se mantendo no relacionamento quase a qualquer custo.
Raiva: aqui, há culpabilidade de tudo e todos pelo fim do relacionamento, desejando ainda que o outro sinta a “mesma dor que está sentindo”, uma vez que ocorre sentimento de injustiça.
Barganha: fase da negociação, pensa-se em como solucionar esse término. Alguns tentam negociar para voltar, outros buscam terapia para lidar com o ocorrido.
Depressão: há tristeza profunda, sentimento de culpa, pensamentos negativos em relação ao presente e futuro, vê-se apenas as consequências ruins do término, sendo incapaz de analisar aspectos positivos. Essa é umas das fases mais críticas e requerer uma atenção especial. A ajuda de um psicólogo é indispensável.
Aceitação: compreende-se que a responsabilidade pelo ocorrido não foi apenas de um e que é normal ciclos se encerrarem. Isso não significa que a outra pessoa será esquecida completamente, afinal, fez parte da sua vida, mas ela se tornará menos importante e então você dará espaço para outros momentos, seja só, seja em companhia.
Vale ressaltar que as fases não são necessariamente seguidas na mesma ordem, podendo ocorrer alternância. Além do mais, há pessoas que não passam por todas elas. Há muito o que se falar sobre o tema, que pode ser amplamente abordado em sessões de terapia psicológica.