24 de março de 2025 
Revista Nossa: Deputado, você tem sido uma voz forte na defesa do setor produtivo em Santa Catarina. Quais são suas principais bandeiras?
Antídio Lunelli: Minha principal luta é reduzir a burocracia e os entraves que dificultam a vida de quem empreende e gera empregos e, consequentemente, melhorar a vida das pessoas, para que elas tenham mais oportunidade e renda. Defendo um Estado mais eficiente, com menos impostos e mais incentivos ao setor produtivo. Santa Catarina é um Estado de gente trabalhadora e precisamos dar condições para que nossos empreendedores cresçam e inovem. E, com isso, vamos dar expectativa aos nossos jovens.
Revista Nossa: O agronegócio tem um peso fundamental na economia catarinense. Como você avalia o apoio ao setor?
Antídio Lunelli: O agro é um dos pilares da nossa economia e precisa ser valorizado. Trabalhamos para garantir infraestrutura, segurança jurídica e acesso a crédito para o produtor rural. Precisamos de políticas públicas que incentivem a produção e protejam o setor de entraves ambientais e tributação excessiva. Além disso, precisamos melhorar a infraestrutura do interior do Estado. Isso é fundamental.
Revista Nossa: Jaraguá do Sul tem uma economia forte e industrializada. O que pode ser feito para fortalecer ainda mais a região?
Antídio Lunelli: Precisamos investir em infraestrutura e logística. O Norte de Santa Catarina tem um potencial enorme, mas é prejudicado por rodovias precárias e pela falta de investimentos em mobilidade. Estamos tendo avanços, mas precisamos continuar cobrando e acompanhando. Esse trabalho é diário. Defendo melhorias nas rodovias estaduais e federais que cortam a região, bem como a ampliação dos investimentos em inovação e qualificação de mão de obra.
Revista Nossa: O senhor também tem falado bastante sobre a necessidade de um Estado mais eficiente. O que isso significa na prática?
Antídio Lunelli: Significa cortar desperdícios, otimizar os gastos públicos e garantir que cada centavo do contribuinte seja bem aplicado. Fazer gestão como se faz nas nossas empresas, com responsabilidade e visão de futuro. Não podemos admitir que o dinheiro do cidadão seja desperdiçado com estruturas ineficientes. Defendo a modernização da gestão pública, com mais digitalização de processos e transparência para que a gente consiga dar agilidade e qualidade nas entregas.
Revista Nossa: O senhor recebeu convite de outros partidos para se candidatar ao governo do Estado. Quais são suas expectativas?
Antídio Lunelli – Não é segredo para ninguém que sou um homem de gestão. Não sou melhor do que ninguém, mas tenho uma visão muito simples e clara do que precisa ser feito. E também tenho coragem para enfrentar as brigas necessárias. Por isso, minha possível candidatura enfrenta algumas resistências. A política não é fácil. Só que, pra mim, é uma missão participar, porque ou a gente muda as coisas, ou seremos cada vez mais penalizados por um sistema político que arrecada muito e entrega quase nada. Ainda é cedo para qualquer decisão. Meu foco agora é trabalhar para honrar os votos que recebi para ser representante da nossa população como deputado.
Revista Nossa – Seus discursos contrários ao governo federal repercutem bastante em todas as regiões do Estado. Ao mesmo tempo, parcela do MDB nacional apoia o Lula. Como vê a situação?
Antídio Lunelli – Se a gente olhar bem vai ver que tem políticos de quase todos os partidos pendurados lá. Mas a minha postura não deixa dúvida. Sou um político de direita, nunca escondi isso de ninguém e também não mudo de posicionamento porque o vento muda de lado. Tenho minhas convicções e não abro mão delas. Dentro do MDB não tenho problemas. Pode até ter um ou outro que não goste das coisas que falo e como falo, mas a maioria, pelo menos aqui em Santa Catarina, me apoia. Para o bem e para o mal, o MDB é um partido muito grande, então há claras divisões de pensamento. Mas só não enxerga quem não quer que o partido precisa se renovar, precisa ter posicionamento claro, ou todo mundo vai sofrer desgaste. Viajo o Estado inteiro e cada vez conheço mais pessoas de bem que estão dispostas a ajudar, mas cobram essa mudança de sigla. Me concentro nisso e sigo em frente disposto a brigar pelo que acredito, doar meu tempo, conhecimento e energia para ajudar na construção de uma Santa Catarina melhor. Até porque, ficar só criticando não adianta nada.
