9 de maio de 2025 
O corpo da jornalista ucraniana Viktoria Roshchyna, de 27 anos, foi encontrado em condições chocantes após meses desaparecida em território controlado pela Rússia. Ela havia sido capturada em 2023, durante uma cobertura jornalística na cidade de Energodar, ocupada por tropas russas, e seu corpo só foi devolvido recentemente à Ucrânia — sem cérebro, olho esquerdo e parte da laringe, o que dificultou a identificação e levanta sérias suspeitas sobre tortura e assassinato.
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A confirmação de que se tratava de Viktoria só foi possível por meio de um exame de DNA, já que o cadáver foi entregue dentro de um saco com a inscrição “homem não identificado”. Exames feitos por autoridades ucranianas apontam sinais de violência, incluindo queimaduras nos pés (compatíveis com choques elétricos), fratura em uma costela e ausência da laringe, o que pode indicar estrangulamento.
Segundo informações de ex-detentos e da Procuradoria Geral da Ucrânia, Viktoria foi transferida por vários centros de detenção antes de ser levada ao SIZO-2, em Taganrog — um local já denunciado por torturas físicas e psicológicas, abusos sexuais, falta de atendimento médico e restrição de acesso a advogados.
Testemunhas relataram que a jornalista chegou ao centro em estado debilitado, com febre alta e dores fortes. Em uma das últimas conversas com seus captores, ela teria dito:
“Vocês são ocupantes. Vieram ao nosso país, matam nosso povo. Eu nunca cooperarei com vocês”.
O caso da repórter foi incluído nas investigações sobre crimes de guerra da Procuradoria ucraniana. O governo pretende apresentar as evidências à Corte Penal Internacional, em Haia, como parte das denúncias contra a Rússia por violações dos direitos de prisioneiros de guerra.
Até o momento, Moscou não comentou oficialmente sobre a morte de Viktoria nem sobre as condições em que o corpo foi entregue.
*Com informações de Massa | SBT e SCC10
