A nação insular de Tuvalu, localizada na Polinésia, luta contra a ameaça crescente de ser engolida pelo mar devido às mudanças climáticas. Com suas ilhas e atóis enfrentando o aumento do nível do oceano, o governo do país que será engolido pelo mar encontrou uma solução inédita: recriar digitalmente seu território e cultura no metaverso.
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A ideia foi anunciada durante a COP27, em novembro de 2022, pelo ministro das Relações Exteriores, Simon Kofe. No evento, Kofe apresentou imagens de uma das ilhas já digitalizadas e destacou a gravidade da situação: “A água do mar já está vazando pelo solo, matando plantações e estragando a água potável”.
O projeto, denominado “Digital Nation”, prevê a recriação 3D das 124 ilhas de Tuvalu, além da implementação de um sistema de identificação digital baseado em blockchain. A iniciativa visa permitir que refugiados climáticos mantenham sua nacionalidade e suas memórias em um território virtual.
Enquanto isso, um acordo de imigração com a Austrália já oferece vistos permanentes para 280 cidadãos de Tuvalu por ano. Estudos da Nasa indicam que grande parte do território estará submersa até 2050.
Isso colocou a nação no centro das discussões globais sobre os impactos das mudanças climáticas. Apesar dos desafios técnicos, o esforço destaca a urgência de proteger outras nações insulares sob risco de desaparecer.