Homem é condenado a 28 anos de prisão por estuprar, maltratar e ameaçar filha adotiva em SC

data 6 de julho de 2023

De acordo com os registros, na manhã de 25 de agosto de 2022, o homem fez com que a vítima desmaiasse ao colocar um pano molhado em seu nariz

O Ministério Público de Santa Catarina obteve a condenação de duas pessoas por crimes cometidos contra uma mulher na região do Meio-Oeste de Santa Catarina. Ambos são parentes da vítima.

O pai adotivo, réu no caso, foi sentenciado a 28 anos de prisão em regime fechado por agressão, estupro e ameaças contra a vítima.

A irmã adotiva, ré no caso, foi condenada a três meses e três dias de detenção em regime semiaberto por também ter maltratado a vítima.

O incidente ocorreu em uma propriedade rural na região do Meio-Oeste. Os réus foram denunciados pelo Promotor de Justiça da 2ª Promotoria da Comarca de Capinzal, Douglas Dellazari.

De acordo com os registros, na manhã de 25 de agosto de 2022, o homem fez com que a vítima desmaiasse ao colocar um pano molhado em seu nariz.

A substância utilizada não foi identificada, mas a mulher permaneceu inconsciente por alguns minutos.

Ao recobrar a consciência, a vítima percebeu que estava despida e com sangramento vaginal, e foi ameaçada de morte pelo réu caso revelasse o que havia ocorrido.

Assustada, ela conseguiu escapar da propriedade para buscar ajuda, e o incidente foi comunicado às autoridades.

Conforme evidenciado pelo laudo pericial, houve ruptura do hímen compatível com atividade sexual.

O desenrolar do processo revelou que a mulher vivia em condições deploráveis.

Ela não recebia os cuidados essenciais, era submetida a trabalhos excessivos e inadequados, e sofria punições severas quando não realizava as tarefas conforme exigido pelos réus.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, “durante os anos em que residia com os acusados, a vítima era obrigada a executar trabalhos pesados diariamente, em jornadas extenuantes e condições degradantes: ela carregava três bolsas de aproximadamente 50kg de silagem nas costas até o topo da colina onde as vacas se alimentavam, ordenhava 14 vacas, limpava a casa, cuidava dos filhos da ré e lavava o equipamento de ordenha sem luvas, resultando em manchas em suas mãos devido ao uso inadequado de detergente alcalino”.

Nesse contexto, a mulher trabalhava das 6h da manhã até as 20h da noite. Quando não conseguia cumprir as ordens estritamente, ela era agredida nas costas com mangueiras, cintos, pedaços de madeira e canos, além de sofrer insultos verbais e ser agredida com socos e tapas no rosto.

A ré poderá recorrer da sentença em liberdade, enquanto o homem permanecerá preso.

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