A Polícia Civil ouviu nesta semana o homem de 39 anos que foi baleado pela ex-companheira em Jaraguá do Sul no último domingo (11). Ele afirmou que se fingiu de morto ao cair no chão após os tiros disparados pela mulher.
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Segundo o delegado Caleu Henrique Gomes de Mello, a vítima contou que a autora dos disparos estava escondida em um armário. “Ele estava passando o final de semana do Dia dos Pais com o filho, após oito meses sem contato. Por determinação judicial, ele pegou o filho na sexta e deveria devolvê-lo na escola na segunda-feira. No domingo, alugou um apartamento na cidade para passar o final de semana.
Naquele dia, ele saiu pela manhã, almoçou, foi ao shopping e, por volta das 17h, retornou ao apartamento. Ao chegar, ouviu um barulho vindo do mezanino, mas não deu importância. Quando subiu para ligar o chuveiro, foi surpreendido pela ex-mulher saindo do armário com a arma em mãos, já disparando. Por estar perto, ele conseguiu se aproximar e lutou pela arma, sendo baleado no fêmur durante a briga. Ambos caíram no chão.
Ele afirmou ter jogado a arma para longe e segurou a ex-companheira para impedi-la de pegá-la novamente. Segundo seu relato, a mulher disse que ia matá-lo e tentou sufocá-lo, tapando seu rosto e boca. Nesse momento, ele fingiu estar morto, e a polícia chegou rapidamente ao local, pois é uma região central. De acordo com a vítima, a agressora não teria parado de atacá-lo até a chegada da polícia”, relatou o delegado.
A suspeita foi ouvida antes do ex-marido. Em sua versão, a mulher, que é médica, afirmou que saberia quando uma pessoa está morta.
O delegado Mello comentou o depoimento da suspeita: “Ela disse que, como médica, saberia reconhecer uma pessoa morta. Ela foi ouvida durante a prisão em flagrante, enquanto o homem só pôde depor no hospital um dia depois, devido aos ferimentos. A mulher será confrontada com a versão do ex-marido. Ela alega que foi ao local preocupada com a segurança do filho, pois não tinha notícias dele. Ela disse que discutiram e que o ex-marido teria tentado matá-la, disparando em legítima defesa. Ela não quis responder como entrou na residência e optou por ficar em silêncio”, disse ele.
A arma usada, uma pistola 9mm, pertence à suspeita, que possui certificação de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). Ela permanece presa à disposição da Justiça.