22 de julho de 2024 
Noticias relacionadas
Daiane tinha 43 anos quando foi morta pelo companheiro (Foto: Redes Sociais, Reprodução)
O homem acusado de matar a farmacêutica Daiane Vogt foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo crime de feminicídio. O caso aconteceu em setembro de 2023 na cidade de Canoinhas, no Planalto Norte catarinense, e a morte teria sido motivada por ciúmes.
Conforme o Ministério Público (MPSC), na noite de 3 de setembro de 2023, o acusado tirou a vida da companheira com sete facadas. O crime ocorreu na casa da vítima, no bairro Campo da Água Verde. Segundo as investigações das autoridades policiais, o réu matou Daiane por ciúmes.
Caso aconteceu em Canoinhas (Foto: Prefeitura de Canoinhas, Divulgação)
Mulher foi morta a facadas (Foto: Redes Sociais, Reprodução)
Caso aconteceu em Canoinhas (Foto: Prefeitura de Canoinhas, Divulgação)
— O crime foi praticado por meio cruel, pois o acusado esfaqueou a vítima por todo o seu corpo, ocasionando excessivo e desnecessário sofrimento a ela. Além disso, constatou-se que a então companheira do réu possuía outras lesões corporais — afirmou a Promotora de Justiça Ana Maria Horn Vieira Carvalho, que representou o MPSC no júri.
Após o homicídio, o autor ainda tentou se livrar dos vestígios do crime, limpando o sangue de locais da residência e colocando as roupas na máquina de lavar. Ele colocou uma faca nas mãos de Daiane para induzir que ela teria cometido suicídio, informou o MPSC.
Durante os debates entre acusação e defesa a Promotora de Justiça defendeu o argumento que o crime se deu em contexto do feminicídio, envolvendo violência doméstica e familiar, uma vez que o acusado e a vítima mantinham relacionamento amoroso e, inclusive, moravam juntos.
— O réu, visando livrar-se da responsabilização penal e forjar um suposto suicídio, após matar a vítima, ligou para o Corpo de Bombeiros e informou que encontrou a companheira esfaqueada. De igual modo, durante a manhã seguinte ao crime, enviou mensagens para amigos e familiares da vítima informando que ela estaria com comportamento suicida — destacou a Promotora de Justiça
O homem foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio com duas qualificadoras – meio cruel e feminicídio. Ele também foi condenado por fraude processual, que é quando se altera o local do crime de forma intencional com o objetivo de induzir a erro o juiz ou o perito. O réu foi condenado, ainda, a pagar uma indenização de R$ 100 mil aos herdeiros da vítima. O homem tem direito a recorrer da decisão, mas não terá o direito de fazê-lo em liberdade, pois permaneceu preso durante toda a instrução processual.
