Semanas atrás foram encontradas no nosso litoral algumas aves silvestres doentes e mortas, e se constatou que haviam sido contaminadas pelo vírus da influenza aviária. Também chamada de gripe aviária, essa doença pode ser grave e capaz de exigir barreira sanitária para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, causando enorme prejuízo para a avicultura comercial.
Os vírus identificados como H5 e H7 são altamente patogênicos para galinhas e algumas outras espécies de aves domésticas e aquáticas. O contato das aves domésticas com as silvestres é um dos causadores da doença na avicultura comercial ou doméstica. Também a movimentação de aves, criações de múltiplas espécies e contato com aves aquáticas migratórias são fatores que contribuem para a disseminação do vírus.
Nos criadouros, as formas de transmissão são o contato com secreções de aves infectadas, especialmente fezes, ração, secreções respiratórias, água, ovos quebrados ou carcaças de animais mortos. A disseminação do vírus também muitas vezes é causada por equipamentos, veículos, roupas contaminadas e trânsito de pessoas em áreas com a doença.
Os sintomas da gripe aviária em galinhas são:
Tosse, espirros, muco nasal;
Queda de postura, na produção de ovos e/ou alterações nas cascas dos ovos;
Hemorragias nas pernas e às vezes nos músculos;
Inchaço nas juntas das pernas, na crista e barbela, com cor roxa-azulada ou vermelho escuro;
Sintomas nervosos, como a falta de coordenação motora;
Diarreia e desidratação.
Deve-se evitar o contato com aves mortas ou apresentando dificuldades nervosas, motoras ou respiratórias. Mantenha distância segura, não mexa nos animais e chame a Vigilância Sanitária local.
A transmissão da doença das aves para os humanos, embora rara, já foi relatada. As pessoas podem se infectar principalmente através do contato direto com animais ou ambientes contaminados, mas não há a transmissão eficiente desses vírus entre as pessoas. A vacina contra influenza pode proteger.