Depois da saída de Ali Kamel do jornalismo da Globo, que atuou por mais de uma década como diretor-geral, as mudanças já começam a aparecer. Prova disso é que, nesta quinta-feira (31), Clayton Conservani, um dos repórteres referência da emissora, foi desligado após 27 anos de trabalho.
Noticias relacionadas
Em entrevista ao portal F5, do jornal Folha de S. Paulo, o jornalista disse que foi chamado para uma conversa, quando foi anunciada sua demissão. “Estamos mudando nossa forma de trabalho, fui desligado hoje mas volto a produzir em março. Tudo muito bem conduzido, mas fico livre para avaliar propostas, estou muito forte e saudável para seguir minhas expedições pelo planeta”, disse ao revelar que seu retorno já está previsto.
Em seu perfil oficial do Instagram, Conservani tratou a saída como um “até logo”. “Não é uma despedida, apenas um até breve. Hoje, dia 31/08/2023, estou me desligando do grupo Globo depois de intensos 27 anos.”, escreveu ao já anunciar quando estará de volta. “A partir de 2024 a ideia é produzir por obras, realizar trabalhos pontuais. Uma mudança que está acontecendo em outros departamentos da empresa”.
De acordo com o F5, já existe uma negociação de Conservani com a empresa Play9, de Felipe Neto e João Pedro Paes Leme, ex-executivo da Globo. Nas redes sociais, o repórter já tinha revelado sobre o novo projeto. “Ideias em dose tripla”, escreveu ao mostrar a marca e posar com os sócios.
Clayton Conservani se notabilizou na emissora pelas coberturas radicais, como quando escalou o Monte Everest, em 2005, e produziu reportagens para o Esporte Espetacular e o programa Fantástico. Nesse meio-tempo, em 2007, subiu a montanha mais fria do mundo, no Alasca, ao lado de uma equipe de seis pessoas.
No mesmo ano, cobriu os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e fez a série “Viagem no Tempo” para o Bom dia, Brasil, onde mostrou a evolução tecnológica no esporte.