Falo tanto em gestão que, onde quer que eu vá em Santa Catarina, que sempre tem alguém que grita: chegou o “geston”. Pois é, esse é um tema que eu costumo realmente repetir e foi, aliás, a preocupação com a falta de gestão na iniciativa pública um dos principais motivos para a minha entrada na política. Como teimoso que sou, queria provar que pode ser diferente. E provamos.
Aprendi desde pequeno, com a cadernetinha do meu pai, que matemática é ciência exata, que dinheiro não aceita desaforo e também que mais vale o nome limpo na praça do que dinheiro no caixa.
Esses ensinamentos eu levo sempre comigo e tentei passar para todos que me cercaram durante a vida: filhos, amigos, colaboradores e, mais tarde, na política. Acontece que na iniciativa pública esses conceitos são ainda mais difíceis de serem implementados. Isso porque, para a maioria das pessoas, é como se dinheiro público (que é, na verdade, dinheiro do povo) fosse algo mágico brotando do céu e não o nosso tão suado dinheiro transferido aos cofres públicos através de impostos.
A ausência desses conceitos básicos é um dos maiores problemas. Precisamos mudar essa realidade para que o Brasil seja um país com melhores serviços públicos, melhor infraestrutura, mais oportunidade e menos impostos. Sim, é possível fazer mais com menos. É possível simplificar, agilizar, diminuir despesas e investir no que realmente é necessário.
Entretanto, para aplicar essa lógica na política, o eleitor precisa entender a importância da boa administração. Se a corrupção é um dos piores crime contra a coletividade que pode acontecer, a má administração dos nossos recursos nos faz escravos de uma estrutura pública inchada e ineficiente.
Pagamos impostos, mais impostos em cima dos impostos e não temos a contrapartida. Faltam leitos de hospitais, as nossas estradas estão uma vergonha, as escolas – principalmente as estaduais –, têm graves problemas de estrutura, há déficit de policiais na maioria das cidades. E a lista de problemas continua.
Existe também uma grande defasagem no país em relação à eficácia dos processos, causada pela burocracia excessiva, morosidade das etapas e a própria falta de capacitação específica em alguns setores.
A falta de ferramentas de qualidade para o desenvolvimento de um trabalho contínuo também atrapalha o setor público. Assim como o pouco aproveitamento da tecnologia para garantir rapidez e transparência.
Como deputado, não tenho a caneta na mão para fazer tudo o que precisa ser feito, mas tenho voz para levantar as bandeiras que considero importantes. E ajudar a mudar essa realidade na administração pública é uma das minhas prioridades.
Porque gestão mais eficiente se traduz em escolas melhores, estradas boas, saúde de qualidade, e segurança em dia. Gestão ou geston, sim, sempre!
Por: Antídio Lunelli, deputado estadual