A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) retomou em março o Programa de Monitoramento de Fauna aqui em Jaraguá do Sul. Segundo o biólogo da Fujama, Christian Raboch, a retomada do trabalho foi possível devido à aquisição de novos equipamentos, as chamadas armadilhas fotográficas. “Já temos muitos dados e registramos vários animais, alguns até ameaçados de extinção”.
O monitoramento é feito por meio de seis armadilhas fotográficas instaladas em locais estratégicos do município, tanto em áreas mais conservadas no meio da floresta quanto em ambientes mais urbanos, perto de casas, para verificar como está a interação dos animais com o esse meio. A maioria são mamíferos com hábitos noturnos.
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“Hoje, 40% do espaço territorial jaraguaense é formado por floresta de Mata Atlântica. Pelo trabalho de resgate de fauna a gente já percebe que este ambiente abriga uma biodiversidade gigantesca. E pelo monitoramento a gente consegue acompanhar esses animais”, destaca.
As armadilhas fotográficas flagraram espécies como quatis, gato-do-mato pequeno, gato-maracajá, jaguatirica e até mesmo um puma (todos ameaçados de extinção). Além disso, uma anomalia rara chamou a atenção nas imagens captadas: o melanismo, um fenômeno caracterizado pela produção excessiva, concentrada e considerável do pigmento negro, a melanina, que tem como consequência animais de pele ou pelagem escurecidas. Isso ocorre devido à mutação genética em animais.
Segundo o presidente da Fujama, Ivo Schmitt, as câmeras também registraram a presença de caçadores em um dos pontos de monitoramento na mata. A Fujama pretende divulgar todos os detalhes do trabalho de monitoramento de fauna no mês de outubro, no aniversário da entidade.