A Universidade Harvard fez um estudo em 19 países e concluiu que até 2050 os casos de fratura do quadril devem crescer quatro vezes no Brasil. Entre as causas estão o envelhecimento acelerado da população e a falta de tratamento adequado contra a osteoporose, principalmente entre os homens. As mulheres costumam fazer os exames de densitometria óssea solicitados pelos ginecologistas, mas não existe essa rotina para o homem, que, além disso, tem resistência a ir ao médico.
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A maioria das fraturas ocorre dos 65 aos 99 anos e são três vezes mais comuns em mulheres pela perda maior na densidade dos ossos e enfraquecimentos dos músculos. A osteoporose está relacionada ao envelhecimento, à menopausa, à baixa absorção e processamento de vitamina D e ao sedentarismo.
Outros fatores das quedas são a falta de equilíbrio por efeitos de medicações, dificuldades de visão e menor agilidade. Por isso, deve-se propiciar um ambiente livre de obstáculos como tapetes, brinquedos e móveis que possam facilitar um tombo.
As mulheres são propensas à osteoporose porque depois da menopausa há queda na produção de hormônios que protegem o esqueleto – 30% delas apresentam osteoporose a partir dos 50 anos contra 10% dos homens. Entretanto, as taxas de mortalidade por fratura de quadril são proporcionalmente maiores nos homens do que nas mulheres que sofrem esse tipo de trauma.
Para evitar a osteoporose deve-se consumir alimentos ricos em cálcio, como os laticínios; tomar sol diariamente para a produção da vitamina D, necessária para a absorção desse cálcio pelos ossos; fazer exercícios físicos regulares para fortalecer músculos e ossos; e incluir a densitometria óssea no check-up anual.
Aproximadamente metade dos pacientes idosos com fratura do quadril não consegue viver independentemente após esses acidentes. Apesar disso, a maioria deles retorna ao nível de atividade ou vive prazerosamente após o tratamento adequado aliado a hábitos mais saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares.