Famoso apresentador da Globo sofre com grave doença neurodegenerativa

data 11 de novembro de 2024

A mudança para um ambiente mais calmo e em contato com a natureza tem contribuído para uma melhora perceptível nos sintomas da doença, segundo relatos de pessoas próximas

Diagnosticado com demência frontotemporal, uma grave doença neurodegenerativa, Maurício Kubrusly, conhecido pelo quadro “Me Leva Brasil” do programa Fantástico, vive agora na Bahia. Ele se mudou para Serra Grande, uma pequena cidade a cerca de 250 quilômetros de Salvador, onde tem desfrutado de uma rotina mais tranquila.

Desde o diagnóstico, Kubrusly, atualmente com 79 anos, tem contado com o apoio de sua esposa, a arquiteta Beatriz Goulart, e da companhia constante de seu cão, Shiva, um border collie. A mudança para um ambiente mais calmo e em contato com a natureza tem contribuído para uma melhora perceptível nos sintomas da doença, segundo relatos de pessoas próximas.

A vida e carreira do jornalista serão tema de um documentário intitulado Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí, com estreia prevista no Globoplay em dezembro. Antes disso, o filme será exibido na 11ª Mostra de Cinema de Gostoso, em São Miguel do Gostoso (RN), que ocorre em novembro.

A demência é uma síndrome progressiva que afeta funções mentais como memória, linguagem e comportamento. A forma mais conhecida é o Alzheimer, mas a demência frontotemporal, que também acomete o ator Bruce Willis, é menos comum, representando cerca de 5% a 10% dos casos.

Kubrusly conquistou o público com o quadro “Me Leva Brasil”, lançado em 2000, e que permaneceu no ar por 16 anos. Após uma longa trajetória na TV Globo, ele se desligou da emissora em 2019.

Geralmente diagnosticada em pessoas acima de 50 anos, a demência frontotemporal afeta mais mulheres do que homens. Seus sintomas incluem mudanças comportamentais, como desinibição, negligência com a higiene, agressividade, e alterações cognitivas, como rigidez mental e problemas de memória. A fala e o equilíbrio emocional também são frequentemente prejudicados.

Embora a doença não tenha cura, tratamentos podem aliviar os sintomas e proporcionar melhor qualidade de vida. O acompanhamento por um neurologista é essencial para um diagnóstico e manejo adequados.

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