Rafa Kalimann revelou neste domingo (12), Dia das Mães, que assim como Paula Amorim, campeã do “No Limite 2021”, também sofreu um aborto espontâneo recentemente. A namorada de Allan Souza Lima, com quem chegou a comemorar a descoberta da gestação, escreveu um relato emocionante sobre a perda do bebê e desabafou sobre a tristeza que vem enfrentado nos últimos dias.
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“Ao nosso dia das mães, um abraço apertado. Posto para todas nós que perdemos nossos nenéns, também somos mães. A leitura mais dura de todas pra mim”, escreveu, na legenda do vídeo em que aparece lendo a carta que fez para o filho, pouco antes de ter a certeza que ele já não estava mais vivo.
“Tem um vácuo que atravessa meu corpo nesses últimos dias. Escrevi essa carta na noite anterior da certeza médica de que já não o tinha batendo mais em mim, depois da avassaladora e eufórica alegria da sua possível existência. Da realização do meu maior sonho. Pedi pra que Deus me permitisse questionar, não é justo, não deveria ser. Mas me esforço pra confiar que ainda entenderei o propósito. Porém, por agora só sei sentir muito”, lamentou.
Ainda na incerteza de saber se o bebê estava vivo, Rafa Kalimann escreveu uma carta ao primeiro filho. E uma súplica a Deus. O texto, comoveu seguidores anônimos e famosos da artista, vilã na novela “Família é Tudo”.
Leia na íntegra a transcrição e veja o vídeo abaixo!
“Ao meu grande amor. Ainda não sei se ainda te tenho aqui, se ainda te carrego em mim. Mas sinto como se já fizesse parte do que sou, mesmo antes de saber que era possível te formar.
Descobrir você, me trouxe brilho. Revigorou minhas certezas e foi como chegar à beira, para ganhar um fôlego. Em fração de segundos pensei em tudo o que eu poderia te falar, te ensinar e ser pra você. Pensei no mundo, em como eu vos apresentaria, você e ele, as duas potências que me enchem de medo e de vida agora.
Não sei se realmente sei um pouco de tudo pra suficientemente ser o que você precisa que eu seja, mas sei como te desejei te ver. Desejo, espero, contesto sua existência como sendo a minha.
Minha ansiedade pulsa pelas minhas mãos. Eu preciso de você. Eu sinto como um ciclo que se esgotou. Como se eu tivesse morrido ontem e se amanhã não soubesse se ainda estarei aqui. Não sei se saberei renascer se você não estiver. Isso é um apelo, quase infantil e de pouca fé. Características raras de um alguém cansado, pedindo socorro pra deixar de ver.
Me doem as costas, a cabeça, o peito. Eu sinto minha respiração fraca e desesperançosa. Eu só quero um sopro. Aquele último que te faz agir pra buscar ou recomeçar. Quero seu eu vivo em mim. Eu não enxergo outra possibilidade que não seja você na minha vida agora.
Eu espero por você há anos. Te cheirar como parte de mim, como bicho, como mãe. Eu te senti forte pelas minhas entranhas, já pude respirar com sua presença, mas não sei se continua aqui. Será injusto com ambos se não. Me preparo pra te receber, me visto de você. Sem medo, sem questionar, sem nada. Nem mesmo se esse mundo, como eu disse, é o melhor pra você. Sua mãe tem a força das mãos. Lutarei pra você passar, rastrearei o campo que vai te fazer andar e serei seu colo pra voltar e desmoronar.
Venha. Por favor, Deus. Venha. Me conceda a graça de te escrever ainda batendo em mim e eu te concederei a graça do tal amor incondicional, cheio de nuances e cores vivas. Com amor, sua mãe“.