Com apenas seis anos de idade, Maria Júlia P. de Souza enfrenta desde o nascimento muitos problemas de saúde e agora sua família faz um apelo para que a comunidade de Jaraguá do Sul e região contribua financeiramente para a aquisição de uma cadeira de rodas feita sob medida. O equipamento é fundamental para facilitar a locomoção da menina, seja para a escola, onde cursa a primeira série, bem como para as consultas, exames regulares e terapias complementares que garantem a ela um melhor desenvolvimento neurológico e psicomotor, assim como qualidade de vida.
Filha única de Kedina Souza, Maria Júlia nasceu prematura e desde muito cedo apresentou problemas de saúde. Com apenas três meses de vida precisou se submeter a uma cirurgia de hérnia, vindo a sofrer três paradas cardiorrespiratórios durante o procedimento. Lutou bravamente e saiu com vida, mas não demorou muito para apresentar sintomas que acenderam um alerta na mãe. “Com cinco meses ela ainda não firmava a cabeça e aquilo começou a me preocupar”, relembra. Uma tomografia não acusou nada, mas com a ressonância veio o diagnóstico: atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor secundário a malformação cerebral e microcefalia, determinando a paralisia cerebral.
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A causa mais provável foi a falta de oxigenação no cérebro devido às paradas cardíacas sofridas e a notícia assustou a todos, já que, dada a sua condição de saúde, corria o risco de atravessar a vida todinha em estado vegetativo. O diagnóstico precoce – aos oito meses de vida – ajudou bastante e hoje Maria Júlia leva uma vida muito melhor do que a da imensa maioria das crianças que sofrem do mesmo problema. Consegue frequentar a escola regular, se comunica por gestos e se locomove utilizando os joelhos. “Se ela tiver o apoio de um adulto, anda sobre os pezinhos, mas infelizmente falta força e coordenação para fazer isso sozinha”, lamenta a mãe, sempre zelosa.
Há gastos com medicamentos que a mantém menos agitada, com fraldas, lenços umedecidos, além do básico, como moradia e alimentação. A mãe é manicure, mas tem somente o período em que Maria Júlia está na escola para complementar o Benefício de Prestação Continuada que recebe mensalmente do governo estadual, que garante um salário mínimo às pessoas com deficiência que comprovem não possuir meios de prover a própria subsistência ou de tê-la provida por sua família.
“A situação é bastante complicada. No geral ela é tranquila, mas em momentos de crise é preciso estar atenta para que não se machuque, pois pode acontecer de se morder, arrancar os fios de cabelo…”, lamenta. Mas o que pega mesmo é a locomoção. Crescendo a cada dia, está mais difícil para Kedina carregá-la no colo. Fora que o fato de andar apoiada nos joelhos tem provocado lesões na menina que preocupam a mãe.
Em busca de ajuda, ela criou uma rifa no valor de R$ 10, além de uma vaquinha on-line na tentativa de reunir os R$ 4.419 necessários para a compra do equipamento. A menina também vinha fazendo acompanhamento na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Papanduva enquanto passava uma temporada sob os cuidados do pai, mas desde agosto aguarda na fila por uma vaga em Jaraguá do Sul. “A fisioterapia, fonoaudiologia e o acompanhamento com terapeutas ocupacionais ajudam muito e estamos na expectativa de conseguir logo um espaço para ela ser atendida”, reforça a mãe, temerosa da demora fazer com que a garotinha acabe regredindo em seu processo de evolução.
A doença não tem cura, mas pode ter seus efeitos amenizados com todo o apoio dessa equipe multidisciplinar. Quem quiser ajudar pode acessar os perfis de mãe e filha no Instagram para se informar melhor (@keedysouza e @mariajuliamaju58) ou doar qualquer valor através do link https://www.vakinha.com.br/4263420 .