Estado lança edital que prevê R$ 6 milhões para a área da defesa

data 17 de maio de 2024
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Crédito: Gabriela Cera

Foco está no desenvolvimento de produtos e soluções de base tecnológica, e irá fomentar a indústria catarinense.  

Para fortalecer ainda mais o movimento da indústria brasileira no trabalho de fomento à inovação tecnológica na área de segurança e defesa, o Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), participa dos debates e troca de experiências na SC Expo Defense, que ocorre nesta quinta e sexta-feira, na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Durante o evento, o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto anunciouoPrograma de Estímulo à Tecnologia de Interesse para a Soberania e Defesa Nacionais e o primeiro edital que vai impulsionar projetos objetivando o desenvolvimento de produtos e soluções de base tecnológica de defesa. 
O edital do programa, que será lançado dia 29 de maio, vai ter um valorglobal de R$ 6 milhões voltadopara indústrias de todos os portes que atendam as áreas de interesse da Base Industrial da Defesa, identificados pela Portaria MD 1112, de quatro de março de 2024. 
“Temos no Estado polos de desenvolvimento extraordinários e com ampla possibilidade de sinergia a demandas do setor de defesa”, afirma o presidente da Fapesc.Segundo ele, cabe hoje ao Estado se engajar e incentivar iniciativas voltadas ao desenvolvimento tecnológico aplicado, como as realizadas pelo Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa (Condefesa) e a SC Expo Defense. 
A partir desse cenário, o edital da Fapesc terá como eixo temas estratégicos como: eletrônica aplicada, materiais, telecomunicações, robótica, robótica móvel, sensoriamento avançado, inteligência artificial, computação quântica e demais tecnologias dadas como prioritárias para a construção de base de conhecimento focada em Inteligência Artificial e Computação Quântica.  

Os temas e subtemas relacionados à Inteligência Artificial e à Computação Quântica têm se apresentado como tecnologias transformadoras por meio das quais tem sido possível gerar soluções e sistemas disruptivos. Estão presentes em diversas áreas de aplicação, tais como: reconhecimento facial, varejo, robôs, análise de crédito, saúde, financeira, jurídica, indústria, segurança de dados, segurança pública e nacional, entre outras.  
O presidente da Fapesc explica que, como o setor de defesa e segurançaestá incluído como prioritáriona nova política industrial do país, se consolidando como estratégico para o Brasil, os investimentos para o desenvolvimento do setor trarão impactos positivos para as indústrias estaduais e nacionais, fortalecendo a soberania nacional. O estímulo ao progresso técnico e, consequentemente, a produtividade e competitividade nacionais são objetivos da Nova Indústria Brasil (NIB), a política de neoindustrialização a ser implementada pelo governo federal nos próximos dez anos. A NIB se fundamenta em missões, entre elas as tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais. 
Para Santa Catarina, o envolvimento de empresas catarinenses em projetos de defesa significa fomentar ainda mais a economia do Estado, conectando empresas de todos os portes com as forças armadas, centros de pesquisa e academia. “Esse edital e a presença da Fapesc hoje aqui na SC Expo Defense, representando o Governo do Estado, são símbolos do trabalho que o governador Jorginho Mello deseja fortalecer. Seremos o elo forte entre a Fiesc, os entes do governo como o Ministério da Defesa e o nosso ecossistema de pesquisa e inovação”, ressalta o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto. 
Outro tema em destaque foi o potencial da rede de pesquisadores e das instituições científicas e tecnológicas catarinenses para pesquisas na área da defesa, especialmente diante dos desastres ambientais, como o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. O presidente da Fapesc lembra que em Santa Catarina temos unidades de ensino de engenharia, computação de biomateriais, de ciências biológicas e da saúde espalhados pelo Estado. Ele destaca que situações de crise causadas por efeitos ambientais/clima são, por vezes, análogas a situações de conflito, onde estratégia e predição de efeitos são fundamentais.

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