A neuropsicologia é uma ciência do século XX que se desenvolveu a partir da convergência da neurologia com a psicologia e que apresenta recursos e ferramentas para analisar, investigar e propor intervenções nas funções e alterações cognitivas, emocionais, de personalidade e comportamentos associadas às lesões físicas ou disfunções cerebrais. O principal benefício dessa especialização é a capacidade de oferecer um diagnóstico diferenciado ao conseguir descrever não somente as funções cognitivas e/ou comportamentais afetadas, como determinar a extensão e intensidade dos prejuízos experimentados pela pessoa.
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No Brasil, um dos precursores na aplicação dos conceitos neuropsicológicos foi o médico Antonio Lefèvre, reconhecido como um dos pais da neurologia infantil nacional e fundador da neuropsicologia brasileira. Em 1975, Lefréve, que primava a interdisciplinaridade, criou um setor para estudos e atuação na USP que possibilitou a aproximação da neuropsicologia com a psicologia.
O neuropsicólogo atua na avaliação, no diagnóstico, no tratamento e/ou na reabilitação de pacientes ao longo da vida com condições neurológicas, médicas, de desenvolvimento neurológico e psiquiátricas, bem como com outros distúrbios cognitivos e transtornos de aprendizagem em todas as faixas etárias, da criança ao idoso. O profissional com essa especialidade pode atuar com a neuropsicologia clínica, escolar e educacional, do esporte, hospitalar e forense.
Após a avaliação são indicados especialistas que irão ajudar o paciente no seu tratamento, indicando a reabilitação cognitiva de acordo com a necessidade apresentada. A reabilitação é um método estruturado que reúne um conjunto de técnicas com objetivos diferentes, como a melhora na participação e integração social, autopercepção das emoções e dos pensamentos e, ainda, um aumento de comportamentos adaptativos.
Mas quando buscar um neuropsicólogo? Quando há algum trauma cerebral; algum problema que envolva distúrbio do desenvolvimento; quando existem dificuldades na execução de rotinas no dia a dia; investigar TDAH, autismo e demais transtornos; perda frequente de memória, atenção e raciocínio ou comprometimento de quaisquer outras funções cognitivas que necessite de orientação neuropsicológica, avaliação neuropsicológica e/ou reabilitação cognitiva.