‘Desumano’, diz gerente de cafeteria em Joinville que foi demitido após o vídeo de padre Fábio de Melo

data 14 de maio de 2025

Segundo o padre, uma funcionária confirmou o erro na precificação, mas o gerente teria sido ríspido ao dizer: “O preço está errado e, se quiser levar, o preço certo é este”

“Minha imagem está sendo exposta em todo o país”, afirmou Jair José Aguiar da Rosa, ex-gerente da cafeteria envolvida na polêmica com o padre Fábio de Melo. Jair disse que não teve contato direto com o religioso e que só soube de sua demissão por meio das redes sociais. Desde então, afirma estar sendo alvo de ofensas e não consegue sair de casa devido ao medo e à repercussão do caso.

O episódio aconteceu em Joinville, no Norte de Santa Catarina, durante uma visita do padre à cidade para um show. Nas redes sociais, Fábio de Melo relatou que tentou comprar dois potes de doce de leite sem açúcar com preço exposto na prateleira, mas foi surpreendido com um valor mais alto no caixa. Ao questionar a diferença, disse ter sido tratado com “prepotência” por um gerente da loja Havanna.

Segundo o padre, uma funcionária confirmou o erro na precificação, mas o gerente teria sido ríspido ao dizer: “O preço está errado e, se quiser levar, o preço certo é este”.

Jair, no entanto, nega ter agido com desrespeito e afirma que não teve qualquer interação com o padre ou sua equipe. “O atendimento foi feito por outra funcionária. Eu nem conversei com ele”, disse. Ele também afirma que imagens das câmeras de segurança comprovam que não teve envolvimento direto com a situação.

O ex-gerente relata ainda que sua saúde emocional tem sido fortemente afetada. “Estou sendo julgado sem razão. Não consigo sair de casa, não durmo e estou sem emprego. É um abalo muito grande”, desabafou.

Jair pede uma retratação pública e reforça que nunca faltou com respeito. “Não estou atrás de fama nem de polêmica. Só quero justiça. Minha dignidade foi ferida, e posso provar que jamais tratei o padre Fábio de Melo ou qualquer pessoa de forma inadequada.”

A reportagem procurou a Havanna para comentar o caso, mas até a publicação deste texto, a empresa não se manifestou. O espaço continua aberto para posicionamento.

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