13 de janeiro de 2025 
O litoral de Santa Catarina, cercado por natureza e qualidade de vida, vem oferecendo um cenário de valorização imobiliária sem precedentes. Em destaque, Balneário Camboriú emergiu nos últimos anos como o novo destino nacional preferido para investidores de alto poder aquisitivo. A cidade hoje abriga sete dos dez edifícios mais altos do país, incluindo a torre residencial mais alta da América Latina, atraindo personalidades do mundo pop e muitos bilionários dos setores industrial e agrícola. O interesse, entretanto, segue agora sobre as cidades vizinhas de Itapema, Itajaí e Porto Belo, consolidando a orla como um dos principais pólos de investimento imobiliário para as grandes fortunas do país.
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De acordo com o consultor de investimentos Luiz Sérgio Júnior, CEO da Engetec Imóveis e um dos maiores players da gestão de patrimônio familiar no mercado de alto luxo catarinense, estas três cidades litorâneas despontam como os potenciais investimentos da vez, favorecidas por critérios que vão muito além apenas de belezas naturais. “Um estilo de vida integrado à natureza, a logística facilitada e uma infraestrutura em franca expansão tem atraído tanto moradores quanto investidores”, explica.
Há ainda mais argumentos quantitativos em jogo. Santa Catarina tem se tornado um destino privilegiado devido às vistas panorâmicas, ruas seguras e uma relativa prosperidade, em contraste com os desafios em relação à segurança pública, enfrentados em outras partes do país. Desde 2023, é considerado o Estado mais seguro do Brasil e se apresenta como o terceiro estado brasileiro com mais bilionários, com 34 participantes da Lista Forbes de 2024.
No mesmo ano, Itapema, com 14 km de praias à disposição, se destacou como o endereço com o segundo metro quadrado mais caro do Brasil, ficando atrás apenas do fenômeno Balneário Camboriú. Por sua vez, Itajaí, antes reconhecida por seu porto e escritórios financeiros, tem registrado um aumento médio de 20% ao ano, impulsionado pela valorização da Praia Brava, onde as coberturas ultrapassam R$ 50 milhões e reúnem grandes investidores internacionais. Já Porto Belo, na região turística da Costa Esmeralda, tem movimentado anualmente um valor geral de vendas superior a R$ 3,5 bilhões e atraído empreendimentos de alto luxo, como o primeiro campo de golfe iluminado da América Latina e o primeiro bairro parque planejado do país.
Um mercado em divisão
Para Luiz Sérgio Júnior, a valorização dessas áreas catarinenses seguirá avançando muito além do esperado, uma vez que o potencial de crescimento continua impressionante. O executivo, especialista em grandes negociações envolvendo a desmobilização de ativos patrimoniais, destaca que não se trata de um fenômeno de bolha imobiliária, mas de um mercado em transformação. “O que estamos presenciando é um mercado que vai se dividir”, analisa.
Segundo ele, o setor nessas regiões está a se segmentar em um mercado tradicional e outro de altíssimo padrão, com empreendimentos integrando cada vez mais marcas de luxo, tecnologias de ponta e exclusividade. Também serviços e comodidades de alto nível, como setor hoteleiro, restaurantes, shoppings e serviços médicos se expandem na região para acompanhar a demanda dos clientes high ticket, gerando novas oportunidades de investimento e sinergia entre setores complementares. “A tecnologia, o luxo e o bem-estar vão moldar o futuro imobiliário no litoral catarinense e abrirão novas portas para quem está disposto a inovar”, afirma.
