Nos últimos anos, golpes envolvendo falsos advogados têm crescido significativamente, especialmente com o uso de aplicativos de mensagens e redes sociais. Mensagens que falam sobre valores a receber, taxas urgentes ou processos desconhecidos devem acender um alerta. Entender como esses golpes funcionam, e como evitá-los, é essencial para garantir sua segurança jurídica e financeira.
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O que é o golpe do falso advogado?
Criminosos se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos para enganar pessoas e obter dinheiro. Eles usam informações reais de processos ou linguagem técnica para dar aparência de credibilidade, mas cobram taxas indevidas ou solicitam transferências via PIX — quase sempre com urgência e sem qualquer respaldo formal.
Sinais de alerta
- Urgência no pagamento: Pressão para pagar valores sob pena de “perda de direitos”.
- Pagamentos via PIX ou para pessoas físicas: Um advogado sério não utiliza esse tipo de cobrança.
- Falta de contrato formal: A ausência de contrato de honorários é um indicativo claro de golpe.
- Erros de português e termos genéricos: Linguagem mal estruturada ou sem informações específicas do processo.
- Promessas de dinheiro fácil: Indenizações ou valores elevados exigindo adiantamento de taxas são sinais comuns de fraude.
Como verificar se o advogado é verdadeiro?
Antes de contratar ou realizar qualquer pagamento, acesse o Cadastro Nacional dos Advogados (CNA) no site da OAB. Basta digitar o nome completo ou o número da inscrição para verificar se o profissional está regular, em qual estado atua e se sua inscrição está ativa.

Você também pode solicitar a carteira profissional da OAB, que deve conter foto, número e data de inscrição. Nenhum advogado verdadeiro se opõe a apresentar sua documentação.
Além disso, de acordo com o artigo 5º da Lei nº 8.906/1994, somente advogados com inscrição ativa podem exercer a advocacia no Brasil.
E se eu identificar um golpe?
Caso identifique um falso advogado ou receba abordagens suspeitas, adote as seguintes medidas:
- Interrompa o contato imediatamente.
- Registre um Boletim de Ocorrência, de preferência na Delegacia de Crimes Cibernéticos.
- Notifique a seccional da OAB do seu estado para que providências sejam tomadas.
- Comunique seu banco, especialmente se tiver feito transferências, pois pode ser possível bloquear ou reverter o pagamento.
- Reúna provas: Prints de mensagens, comprovantes de pagamento, áudios e perfis usados.
Prevenção: dever de todos
A contratação de serviços jurídicos deve sempre ser feita com cautela. Isso protege não apenas consumidores, mas também fortalece a credibilidade da advocacia. O artigo 34 do Estatuto da OAB prevê sanções disciplinares a quem colabora ou contribui para práticas irregulares — inclusive àqueles que se associam a falsos profissionais, mesmo que de forma inconsciente.
Conclusão
A segurança nas relações jurídicas começa com informação e prevenção. Verificar a regularidade do profissional, exigir documentação e desconfiar de pressões e promessas irreais são atitudes que evitam transtornos. A atuação ética, transparente e responsável é o caminho mais seguro para proteger seus direitos e seu patrimônio.
Sempre que estiver em dúvida, recorra a canais oficiais e certifique-se de que está lidando com um profissional devidamente habilitado. A prevenção é o melhor caminho.
