Uma pesquisa inédita feita pelo DataSenado em parceria com o Nexus e divulgada na semana passada descobriu que 25% dos brasileiros foram vítimas de golpes digitais nos últimos 12 meses. Os golpes mapeados incluem clonagem de cartão, fraudes na internet ou invasão de contas bancárias.
Vivemos em um mundo onde há um crescimento acelerado no número de ameaças à segurança cibernética por ataques sofisticados com poder, recursos e alcance global sem precedentes.
A situação é ainda mais preocupante se consideramos que os telefones celulares se tornaram o principal canal de pagamento no Brasil, respondendo por 82% da quantidade total transacionada em 2023.
Como se proteger?
A população enfrenta dificuldades ao tentar se proteger de crimes cibernéticos. Elas decorrem tanto da complexidade da tecnologia quanto da falta de recursos e conhecimentos necessários para lidar com as ameaças. Mas é possível reverter essa situação usando medidas simples.
O ideal é evitar senhas óbvias, como datas de nascimento ou palavras comuns. Também deve-se escolher senhas diferentes para cada uma das contas on-line. Isso garante que, se uma senha for comprometida, as outras contas permaneçam seguras. E para não esquecer das senhas, pode-se usar um gerenciador para armazená-las e gerar senhas fortes de forma segura, sem a necessidade de memorizá-las.
Também é importante ativar a autenticação multifator, que nada mais é que uma segunda forma de verificação. Pode ser um código envido para o telefone ou um aplicativo específico de verificação.
Além disso, é importante revisar regularmente as atividades das contas bancárias, de crédito e on-line para identificar qualquer transação ou acesso suspeito. Configure os alertas de conta que notifiquem sobre atividades incomuns, como tentativas de login de novos dispositivos ou transferências financeiras grandes.
Outra medida é manter o sistema operacional, aplicativos e software de segurança sempre atualizados para proteger contra vulnerabilidades exploradas por hackers usando programas antivírus.
Além disso, desconfie de e-mails, mensagens de texto ou links inesperados, especialmente se solicitarem informações pessoais ou financeiras. Verifique sempre a autenticidade antes de clicar ou fornecer dados.
Também é importante um alerta sobre o uso de redes Wi-Fi públicas. Sempre que possível, evite realizar transações ou acessar informações sensíveis quando conectados a redes Wi-Fi públicas, que são mais suscetíveis a ataques.
Recomenda-se o uso de VPN (Rede Virtual Privada) ao acessar a internet em redes públicas. Essas aplicações criptografam a conexão, tornando mais difícil para os atacantes interceptarem os dados.
É muito importante se manter atualizado a respeito das novas modalidades de golpe existentes na praça e sobre quais medidas de segurança podem (e devem) ser tomadas. Participe de programas de educação em segurança digital para entender melhor como proteger os seus dados. No caso de suspeita de que as suas informações foram comprometidas, entre em contato com a instituição financeira ou empresa envolvida para relatar o incidente e tomar as medidas necessárias.
Juliana Clarissa Karing Costa
Advogada OAB/SC 28.662
Especialista em Direito Tributário, Direito Previdenciário e Direito Público.
juliana@karingadvogados.com.br
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