Um cirurgião plástico foi preso, na última segunda-feira (17), suspeito de matar a própria esposa durante um procedimento realizado em sua clínica, na Flórida, nos Estados Unidos. Benjamin Jacob Brown teria permitido que suas assistentes chamassem o resgate somente mais de 10 minutos depois de Hillary Ellington Brown sofrer complicações durante a cirurgia. As informações são do Terra.
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De acordo com o site Pensola News Journal, o caso ocorreu em 21 de novembro de 2023 e é investigado pelo Departamento de Saúde da Flórida. Em meses de apuração, foi descoberto que Ben esperou de 10 a 20 minutos para chamar o 911, após a esposa ter uma parada cardíaca enquanto passava por uma série de procedimentos, como lipoaspiração dos braços, injeções labiais, plicatura muscular e ajuste de orelha.
A cirurgia ocorreu em seu consultório, na Brown’s Restore Plastic Surgery, em Gulf Breeze. Ela chegou a ser resgatada com vida e ficou em coma por uma semana, mas não resistiu. Benjamin foi acusado de homicídio doloso de segundo grau e homicídio culposo por negligência culposa, por isso, o cirurgião plástico foi preso.
Conforme a ordem de emergência, ele teria demorado demais para iniciar o protocolo de reanimação e não tinha equipamentos disponíveis em seu consultório para salvá-la. Além disso, o médico também não teria seguido com o protocolo médico adequado ao administrar sedativos, como lidocaína, o que acabou levando à morte da esposa.
Hillary, que não era médica, preparou seu próprio anestésico. O laudo também apontou que a mulher mostrou sinais de toxicidade por lidocaína durante a cirurgia antes de parar de responder, mas Ben continuou a administrar a droga e a operá-la.
A mulher era mãe de três filhos pequenos, de 4 a 8 anos, de um casamento anterior. Seus pais e amigos a descreveram como uma mãe amorosa e dedicada. Após sua morte, os três filhos de Hillary foram morar com o pai.
Hillary estava casada com Benjamin desde 2022. Eles tinham um relacionamento “volátil”. O pai e os amigos de Hillary disseram que havia indícios de que o médico estava infeliz em seu casamento, mas que ela estava relutante em se separar e queria fazer o relacionamento deles dar certo.
Ao site, o pai dela, Marty Ellington, afirmou que o cirurgião parecia mais preocupado com dinheiro do que com a vida dela, enquanto a vítima ainda estava no hospital.
“Ele me enviou uma mensagem dizendo que precisávamos ter certeza de que a hora da morte dela seria antes do dia 30, porque os benefícios do seguro desapareceriam e meus netos não receberiam parte do seguro de vida.”